Sara busca até à loucura memórias perdidas, e escreve. No livro encontrado, Ana B, M.ª João e Sara K. vão em viagem às Canárias tentando, cada uma, conciliar-se consigo própria e com a memória que recalca, que lhe falha ou que silencia.
Uma história passada entre Portugal, Espanha e a Argentina em que os abusos de infância e os mecanismos extremos de defesa se alinham num fio de escrita construído como uma frágil barreira contra a torrente da desintegração. Maria Manuel Viana traz-nos um romance poderoso sobre os mecanismos da ficção, a capacidade de resiliência e o resgate da memória.
Maria Manuel Viana nasceu na Figueira da Foz, onde estudou até entrar para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Durante os 5 anos em que tirou Filologia Românica deu aulas à noite na Escola Bernardino Machado, na Figueira da Foz. Em 1979, enganou-se a preencher o boletim de concurso de professores e foi colocada em Castelo Branco, cidade que adoptaria como sua e onde viveu durante mais de vinte anos. Aí nasceram os seus dois filhos David e Manuel, e também aí foi coordenadora do Centro de Área Educativa, presidente da Comissão Distrital de Protecção de menores, candidata a deputada pelo Partido Socialista, vereadora da cultura e coordenadora do Gabinete para a Igualdade. Escreveu os romances A Paixão de Ana B. (2002) e A Dupla Vida de M.ª João (2006). Vive e trabalha em Lisboa desde 2002. Em 2007, com Ana Benavente, publicou Damas, Ases e Valetes.
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