Em Novembro de 1960, Frank Sinatra ofereceu um cão a Marilyn Monroe. O seu nome era Maf. Tinha instinto para as celebridades. Para a política. Para a psicanálise. Para a literatura. Para a decoração de interiores. Para fígado com uma dose adicional de biscoitos.
Nascido na casa de Vanessa Bell, trazido para os Estados Unidos pela mãe de Natalie Wood, dado como presente de Natal a Marilyn no Inverno que se seguiu à sua separação de Arthur Miller, Maf oferece-nos um vislumbre do mundo da maior estrela de Hollywood. Já para não falar de uma espreitadela hilariante para o cérebro de um herói canino opinativo, que leu muito, que é politicamente transviado e complexo.
Maf esteve com Marilyn durante os dois últimos anos da sua vida, primeiro em Nova Iorque, onde ela se relacionava com todas as pessoas que fossem alguém – o vendedor de arte Leo Castelli, Lee Strasberg e o pessoal de Actor’s Sudio, emigrantes de Upper West Side – e depois de regresso a Los Angeles. Levou-o a conhecer o presidente Kennedy e aos restaurantes de Hollywood, a lojas e entrevistas. Ao México, para o seu divórcio. Com estilo, brilhantismo, e panache, Andrew O’Hagan desenhou um retrato original da mulher por detrás do ícone, e do cão por detrás da mulher.
Sem comentários:
Enviar um comentário