Mal-entendidos, situações caricatas e outras confusões propícias a originar momentos... peculiares são o que define os quatro contos que constituem este pequeno livro. Mais uma vez, diferentes temas e diferentes estilos de escrita proporcionam descobertas interessantes, em histórias cativantes e com um toque de humor.
O Verão do Lindo Cavalo Branco, de William Saroyan, conta a história de uma família pobre, mas honesta, e da aventura de dois rapazes com um cavalo "emprestado". Envolvente, este é um conto que, sem acontecimentos de grande impacto, surpreende pelas situações caricatas que vão surgindo.
O Santo, de V.S. Pritchett, trata da perda da fé e dos fundamentos de uma religião bastante peculiar. Com uma história intrigante, escrita de forma agradável, os pontos mais interessantes deste conto estão, ainda assim, na caracterização dos conceitos da fé apresentada e numa gradual e muito bem conseguida manifestação de dúvida.
Segue-se Só os Mortos Conhecem Brooklyn, de Thomas Wolfe, história de um pedido de direcções e consequentes conversas sobre a cidade. Um pouco estranho inicialmente devido às peculiaridades da linguagem utilizada, apresenta alguns momentos curiosos, mas, confuso e um pouco vago, deixa a impressão de qualquer coisa em falta.
Por último, Três Horas Entre Dois Aviões, de F. Scott Fitzgerald, fala do encontro entre um homem e uma mulher e das recordações de um passado em comum. Algo vago, surpreende principalmente a forma como uma ambiguidade deliberada nas memórias contribui para uma interessante revelação final.
Fica, em suma, desta leitura, um impacto globalmente positivo, com histórias, no geral, envolventes, ainda que, nas duas últimas, fique a impressão de que mais haveria a dizer. Uma leitura interessante, ainda assim.
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