Do amor romântico e do amor destrutivo. Do amor terno e do amor obsessivo. Do amor que fascina, do amor que dói, do amor que domina e do que apela à submissão. De todas estas e de muitas mais formas de amar tratam os poemas que constituem este livro que, breve nas suas dimensões, tem todo um mundo de formas, de imagens - e de emoções, claro - para explorar.
Há, na poesia de João Negreiros, uma voz muito própria. A forma como jogos de palavras se insinuam, as imagens normais que se cruzam com possibilidades que, porque improváveis, imediatamente se projectam na memória e a forma como o sentimento se apresenta, desde a simplicidade de uma palavra terna à complexidade que percorre toda uma vida em alguns versos, fazem de cada poema todo um mundo a descobrir. Há sentidos imediatos e significados que se insinuam aos poucos. Há uma vastidão de cambiantes no espectro emocional do amor e todos estes cambiantes surgem, distintos, mas discretos, nos poemas que dão forma a este livro.
É um livro complexo, mas que se facilmente se entranha na memória do leitor. Apesar das imagens elaboradas, ou talvez devido ao que de genuíno transparece na sua expressão, em que nada parece forçado, é surpreendentemente fácil entrar na leitura destes poemas. E são estas imagens e as emoções que nela se insinuam o que mais marca, afinal, desta leitura. De uma voz bem definida, de mundos e afectos surpreendentes, de uma leitura, em todos os aspectos, impressionante.
Li um pequeno excerto do livro no site "Saída de Emergência". Confesso que estou mais habituada à prosa, mas há algo nas palavras do João Negreiros a falar do amor em todas as suas vertentes e sentires. "O Amor És Tu", é "falado" para aquela que será a outra metade de todos nós.
ResponderEliminarGostei muito do que escreveste e sim, será um livro que gostarei muito de ter nas minhas próximas leituras. : ))