Presidente de uma firma familiar com três mil empregados, Miguel tem a vida plácida e cheia de encantos de um menino rico. Mas, com um dia-a- dia previsível e repetitivo, não se consegue libertar da inquietante sensação de que morrerá sem nunca ter conhecido a verdadeira vida. Aproveita o 25 de Abril de 1974 para se demitir e partir sozinho para Paris, onde tem a intenção de se «pôr à prova». Como broker, entra no mundo dos mercados financeiros, e as aventuras românticas não se fazem esperar…
Poder-se- á pensar que a vida do narrador tem uma alarmante semelhança com a do autor e que este terá escrito uma autobiografia. Não é verdade, ainda que os dois tenham seguido caminhos semelhantes. O autor não tem de ajustar contas com ninguém, mas reconhece que teve a mesma profissão do narrador e que também se envolveu numas quantas intrigas amorosas. Ainda assim, adverte que qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
Manuel Lemos Macedo. Nasceu em Tomar. Estudou no University College Dublin, na Irlanda, e na Columbia Business School, nos EUA.
Depois da nacionalização da firma familiar da qual era presidente, foi viver para a Irlanda. Seguiu-se Paris e Madrid, onde trabalhou em bancos de investimento. Em 1989, criou uma sociedade de serviços financeiros em Lisboa, com a família Rothschild, da qual foi sócio-gerente até 1997. Desde então, dedica-se ao que verdadeiramente lhe interessa: a leitura, a escrita, o campo e a sociedade de alguns dos seus amigos.
Tem autores preferidos (todos mortos), que relê continuamente. Interessou-se por vozes modernas, que só leu uma vez e nem sempre até ao fim. Leva para a cama sempre os mesmos, entre os quais Proust, Waugh e Lermontov. Nunca percebeu porque é que Goethe é considerado um grande homem.
Piedade para os Pecadores é o segundo livro que publica.
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