Num mundo em que a desumanização parece irreversível, um muro divide os homens.
Jonas e a sua jovem filha Aliss são conduzidos ao longo do imenso muro por um homem chamado Servantes. A missão é levar água aos menos favorecidos, talvez electricidade. Funcionário de uma organização internacional, Jonas debate-se com o ritmo hesitante da missão. O longo muro, o clima e a distância alimentam dúvidas sobre o significado de civilização, mas Jonas vai avançando, confortado pela pequena coragem das rotinas repetidas.
Enquanto isto, a filha torna-se mulher, devagar, tumultuosamente.
Aos desamparados, no entanto, não chegou ainda a água.
Uma desconstrução dos lugares confortáveis do Ocidente, Meio homem metade baleia é uma narrativa notável que convida a uma poderosa e necessária reflexão.
José Gardeazabal nasceu em Lisboa, onde vive actualmente. Trabalhou e estudou em Luanda, Aveiro, Boston e Los Angeles. Em 2013 viu o seu conto Várias versões de uma catástrofe publicado na Granta portuguesa. Em 2015 foi distinguido com o Prémio INCM/Vasco Graça Moura com o livro de poesia história do século vinte. Em 2016 publica Dicionário de ideias Feitas em Literatura, uma colectânea de prosa curta, e em 2017 lança-se na dramaturgia com a publicação de três breves peças de teatro a que chamou Trilogia do olhar. Meio Homem, Metade Baleia é o seu primeiro romance.
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