O Amadeo conduz eléctricos em Lisboa e adora dar uma ajudinha aos apaixonados tímidos. Mas, no seu último dia de trabalho, depara-se com um caso particularmente bicudo e nenhuma das suas manobras habituais parece ajudar. Mas também a natureza conspira a favor do amor e não só está lá para fazer com que o último dia do Amadeo termine em glória, como talvez o futuro tenha planos para o próprio Amadeo, ele próprio um apaixonado tímido.
Com uma história simples e enternecedora e um delicioso equilíbrio entre o texto simples e as ilustrações coloridas, este é um livro que, apesar de pensado para os mais pequenos, tem tudo para despertar a mesma magia em leitores das mais diferentes idades. Porquê? Ora, porque a história tem em si algo de universal, o amor, algo que fala o coração,a ternura, e uma inocência singela que facilmente faz nascer sorrisos.
É um livro breve, mas que parece conter em si tudo o que é preciso. Uma história bonita, uma mensagem marcante e um percurso que, apesar de muito simples, contém em si toda a magia do mundo. Magia essa que vive tanto do amor e da timidez no cerne de toda a história como da boa disposição que parece rodear esses sentimentos. Magia, enfim, de uma visão inocente, mas muito certeira, da importância do amor... e de uma certa coragem para o assumir.
E depois, claro, há o ambiente e a estranha facilidade com que, através das imagens, é possível sentir a vitalidade do cenário num livro em que o texto é bastante sucinto. Tudo se conjuga no equilíbrio certo, dando às coisas - e aos sentimentos - a máxima vitalidade. Magia, enfim, sempre magia, na história em si, e também na forma como é contada.
O resultado é um livro lindo, com uma história simples e inocente, mas principalmente enternecedora. E uma pequena maravilha para fazer recordar o amor a leitores de todas as idades. Muito simples, muito breve... e, acima de tudo, muito bonito. Muito bom, em suma.
Título: Eléctrico 28
Autores: Davide Cali e Magali Le Huche
Origem: Recebido para crítica
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