Quando Alicia recomenda ao seu noivo, o conhecido escritor Carter Madison, que passe um mês na pensão da sua amiga Sloan Fairchild, para que possa terminar o seu novo livro antes do casamento, não sabe que está a desencadear uma tempestade de sentimentos. A atracção entre Sloan e Carter é instantânea e a paixão é intensa, irresistível. Mas Alicia tem dois filhos do melhor amigo de Carter e, agora que ela enviuvou, Carter sente a obrigação de casar com ela e ser o pai de que as crianças precisam. Assim, apesar da intensidade do amor que nasce entre ele e Sloan, ambos acreditam que, no fim, não haverá final feliz na sua história...
Não se pode dizer que este seja um livro particularmente surpreendente no género em que se insere. Na verdade, as linhas desta história são já muito conhecidas e bastante exploradas em diversos romances. Ainda assim, a escrita fluída e bem desenvolvida da autora (que por vezes surge com comparações quase incríveis), conjugada com a medida certa de tensão e de humor, faz de Breakfast in Bed uma leitura bastante cativante e envolvente.
A atracção entre ambos os protagonistas é óbvia desde o primeiro momento e reflecte numa série bastante desenvolvida de conflitos alternados com situações de pura paixão, em descrições onde a sensualidade é uma constante. Ainda assim, e apesar dos momentos comoventes que a relação entre os dois propicia, o que mais me marcou neste livro foi a relação de Carter... com a escrita. Desde o sonho antigo e às dificuldades que encontrou, ao método de trabalho, à interacção com a "musa" e a forma como cada acontecimento afecta o seu estado de espírito, é toda esta envolvência do processo criativo que torna tão cativante a figura de Carter Madison.
Leve e agradável, ainda que não apresente nada de particularmente novo, esta pequena história de puro romance lê-se quase compulsivamente. Interessante também pela forma como explora a possibilidade do final feliz, inspirando dúvidas sobre a sua concretização (apesar do conhecimento de que é quase regra neste tipo de romance que tudo acabe bem), é uma leitura envolvente, para dispersar do mundo e descontrair por umas horas. Gostei.
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