Skeeter tem vinte e dois anos e acabou de regressar da universidade para Jackson, no Mississippi. Estamos em 1962, e a sua mãe só irá descansar quando a filha tiver uma aliança no dedo.
Aibileen é uma criada negra, uma mulher sábia que viu crescer dezassete crianças. Quando o seu próprio filho morre num acidente, algo se quebra dentro dela. É muito devotada à pequena criança branca de quem tem cuidado, mas sabe que os seus corações podem ser destroçados a qualquer momento.
Minny, a melhor amiga de Aibileen, é provavelmente a mulher com a língua mais afiada do Mississippi. Cozinha divinamente, mas tem sérias dificuldades em manter o emprego… até ao momento em que encontra uma senhora nova na cidade.
Estas três personagens extraordinárias irão cruzar-se e iniciar um projecto que mudará a sua cidade e as vidas de todas as mulheres, criadas e senhoras, que habitam Jackson. São as suas vozes que nos contam esta história inesquecível cheia de humor, esperança e tristeza. Uma história que conquistou a América e está a conquistar o mundo.
Kathryn Stockett, 40 anos, uma nativa de Jackson, diz que a ideia para o romance lhe surgiu após os ataques do 11 de Setembro, quando vivia em Nova Iorque. A autora, que tinha outro romance na gaveta que um formador de escrita criativa lhe afirmara ser péssimo, disse que sentia saudades de casa e “tentei confortar-me escrevendo com as vozes das pessoas de que tinha saudades”.
A primeira voz a surgir-lhe foi a de Demetrie, a criada afro-americana que trabalhou para a avó da autora em Jackson nos anos 70 e 80. “Ela acabou por se tornar a voz de Aibileen”, diz Kathryn Stockett numa entrevista por telefone da sua casa em Atlanta. “Alguns meses mais tarde voltei a ela e descobri que Aibileen tinha algumas coisas a dizer que não lhe pertenciam, e foi assim que surgiu a Minny.”
Acrescentou Skeeter, disse ela, porque preocupou-se que os leitores não confiassem nela se escrevesse apenas sobre personagens negras. “Pensei que assim o livro nunca seria permitido entrar numa prateleira, por isso criei Skeeter e senti-me melhor, porque estava também a mostrar a perspectiva branca.”
A autora enviou submissões a mais de 45 agentes antes de Susan Ramer da Don Congdon Associates ler o manuscrito. Susan Ramer diz que foi imediatamente cativada pelas “vozes, o sentido de humor e a autenticidade delas”, e fez de imediato um contrato com a autora. Vendeu o manuscrito à Amy Einhorn no Outono de 2007.
O livro recebeu em geral fortes críticas positivas, com Janet Maslin do New York Times a considerá-lo um “romance vencedor”, embora a crítica apontasse para os riscos potenciais de um livro “por uma autora branca natural do Sul a recriar as vozes de criadas afro-americanas num forte dialecto local”.
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