Meio-Dia Azul (Scott Westerfeld)

Rex e os restantes midnighters pensam compreender as regras da hora secreta. Mas estão enganados. E descobrem isso quando o tempo azul chega... às 9 da manhã. É este o primeiro sinal de uma série de acontecimentos que podem levar a mais mortes que as que podem contar, já que os darklings estão impacientes e desejam voltar a caçar. Cabe-lhes, pois, a responsabilidade de evitar a catástrofe, ao mesmo tempo que lidam com os seus próprios problemas.

Se todos os livros da trilogia Midnighters são caracterizados por um ritmo viciante e uma história marcante e envolvente, esta conclusão é, sem dúvida, o ponto alto da série. O ritmo de acção não é apenas constante, mas cheio de revelações, e as mudanças operadas sobre alguns dos protagonistas aliam-se a novas revelações acerca do passado de Bixby para criar uma história fascinante.

Até Melissa, que foi uma das personagens que menos me cativou ao longo da série, revela neste livro um novo lado da sua personalidade, ao revelar algo mais para lá da fachada de leitora de mentes na sua interacção com os outros midnighters. E também os outros intervenientes revelam muito da sua natureza, sendo particularmente intrigante a dupla natureza de Rex. As capacidades invulgares de cada um deles tornam-se essenciais na resolução do mistério que ameaça o futuro de Bixby e isso revela o melhor de cada personagem, proporcionando grandes momentos de tensão, mas também o despoletar de circunstâncias mais pessoais.

Ainda uma nota muito positiva para a forma como o autor encerra a história, afastando-se do clássico final em que tudo se resolve pelo melhor, para concluir o enredo de uma forma ao mesmo tempo surpreendente e bastante mais plausível.

De leitura compulsiva, com uma escrita fluída e envolvente e alguns momentos marcantes e surpreendentes, Meio-Dia Azul encerra com chave de ouro uma trilogia cheia de aventuras e dificuldades. Muito bom.