quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Novidades BIS

«TANTA GENTE, MARIANA»
MARIA JUDITE DE CARVALHO

“Maria Judite Carvalho (1921-1998) foi a escritora da solidão e dos silêncio das ‘palavras poupadas’. Fez, nas suas novelas e contos, o retrato irónico e desencantado da pequena burguesia lisboeta, das frustrações e desistências das mulheres e dos velhos, de toda uma sociedade lentamente envenenada pela moral hipócrita do fascismo português.
Aliando o humor à arte da concisão e da reticência, sempre convidou o leitor a entrar nas suas histórias e completá-las, a vivê-las de algum modo. Foi sem dúvida uma das maiores ficcionistas do nosso século XX"
Urbano Tavares Rodrigues

Sobre a autora: Maria Judite de Carvalho (1921-1998) nasceu em Lisboa, a 18 de Setembro de 1921.
Trabalhou nos periódicos lisboetas Diário de Lisboa, Diário Popular, Diário de Notícias e O Jornal. Da sua obra, em grande parte traduzida em francês e espanhol, destacamos Tanta Gente, Mariana (1955); As Palavras Poupadas (1961); Paisagem sem Barco (1963); Os Armários Vazios (1966); O Seu Amor por Etel (1967); Flores ao Telefone (1968); O Homem no Arame (1979); A Janela Fingida (1975); Este Tempo (1991); Seta Despedida (1995).

«JOGOS DE AZAR»
JOSÉ CARDOSO PIRES

“Uma originalidade exemplar que se deve, sobretudo, à imaginação verbal e à extraordinária multiplicidade dos ângulos da sua escrita.”
Luciana Stegagno Picchio, La Reppublica - Roma

Sobre o autor: José Cardoso Pires (1925-1998) nasceu a 2 de Outubro de 1925 na aldeia de Peso (Castelo Branco) e faleceu em Lisboa, a 26 de Outubro de 1998. Considerado um dos mais importantes escritores portugueses contemporâneos, a sua obra foi traduzida em diversas línguas e distinguida com os seguintes prémios: Prémio Internacional União Latina (Roma, 1991); XXV Prémio Internacional Ultimo Novecento (Pisa, 1992); Prémio Pessoa (Lisboa, 1997); Prémio Vida Literária da APE (Lisboa, 1998); Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa (Lisboa, 1998). Alguns dos seus livros foram ainda premiados individualmente, como é o caso de O Hóspede de Job (1963) – Prémio Camilo Castelo Branco; Balada da Praia dos Cães (1982) – Grande Prémio de Romance e Novela da APE; Alexandra Alpha (1987) – Prémio Especial da Associação de Críticos do Brasil; De Profundis, Valsa Lenta (1997) – Prémio Dom Dinis da Fundação da Casa de Mateus e Prémio de Crítica da Associação Internacional de Críticos Literários.

«O FALADOR»
MARIO VARGAS LLOSA

Romance de dois mundos e duas linguagens, O Falador, de Mario Vargas Llosa, é uma obra que de novo arrasta os leitores para o interior do universo de magia e exotismo próprio do grande escritor peruano.
Trata-se de uma ficção que sistematicamente contrapõe os ambientes da selva e da cidade, espelhando desse modo duas atitudes opostas face à vida e aos seus valores.
Um narrador moderno e racional e o contador de histórias de uma tribo amazónica asseguram e estruturam em alternância o desenvolvimento do relato.

Sobre o autor: Mario Vargas Llosa, 74 anos, galardoado com o Prémio Nobel de Literatura em 2010, é um dos autores mais premiados da América Latina pelo seu trabalho como romancista, ensaísta e dramaturgo. Da sua vasta obra, destacamos: A Cidade e os Cães (Prémio Biblioteca Breve, 1962; Prémio da Crítica Espanhola, 1963); A Casa Verde (Prémio Nacional do Romance do Peru; Prémio da Crítica Espanhola; Prémio Rómulo Gallegos, 1967); Conversa n ‘A Catedral (1969); A Tia Júlia e o Escrevedor (1977); A Guerra do Fim do Mundo (Prémio Ritz-Hemingway, 1985); Lituma dos Andes (Prémio Planeta, 1993); Os Cadernos de Dom Rigoberto (1997); Cartas a Um Jovem Romancista (1997); A Festa do Chibo (2000) e Travessuras da Menina Má (2006). Foi ainda distinguido com o Prémio PEN/Nabokov, Prémio Cervantes, Prémio Príncipe das Astúrias e Prémio Grinzane Cavour.

«A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER»
MILAN KUNDERA

Um livro extraordinário e seguramente um dos romances míticos do Século XX, uma daquelas obras raras que alteram o modo como toda uma geração observa o mundo que a rodeia.

Sobre o autor: Milan Kundera, romancista e ensaísta, nasceu em Brno, na República Checa, em 1929.
Após a publicação de A Brincadeira (1967), que lhe conferiu uma notoriedade imediata, e de O Livro dos Amores Risíveis (1969 – Prémio da União Latina dos Escritores Checoslovacos), é vítima da repressão soviética a seguir ao esmagamento da Primavera de Praga. Os seus livros são interditos, é proibido de trabalhar e perde o direito de publicar. Em 1975, foge para Paris, onde vive desde então, tornando-se cidadão francês em 1981, após lhe ter sido retirada a nacionalidade checoslovaca, como consequência da publicação em França de O Livro do Riso e do Esquecimento. Toda a sua obra está traduzida em Portugal. Entre outros prémios, Milan Kundera recebeu, pelo conjunto da sua obra, o Commom Wealth Award (1981), o Prémio Jerusalém (1985) e o Prémio Nacional de Literatura da República Checa (2007). A Insustentável Leveza do Ser foi adaptado ao cinema em 1988 por Philip Kaufman e protagonizada por Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche.

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