Grace sofre de esquizofrenia. Ou, pelo menos, é essa a opinião dos médicos na instituição onde ela foi internada. Mas Grace decide fugir. Novamente. E a filha, Elena, acredita que, se apenas conseguir levar a mãe de volta ao lugar onde cresceu, então tudo ficará bem. Este livro é a história dessa viagem.
É uma história bastante simples, no que toca aos grandes acontecimentos do livro. Não há grande detalhe no que diz respeito a descrição de cenários nem grandes elaborações na apresentação das situações mais complicadas. Não é esse o objectivo, parece-me. A grande força deste livro, afinal, reside na sua mensagem de esperança e, principalmente, nos principais intervenientes desta interessante aventura.
Há, na mente de Elena, uma forte necessidade de agir, em oposição com a passiva resignação com que Michael parece lidar com o problema de Grace. E, ainda assim, nenhum deles é perfeito. Todos têm os seus instantes de dúvida, os seus pequenos momentos de egoísmo. E é isso que os torna humanos. É o que os torna reais.
Gostaria que esta história se tivesse alongado um pouco, mais, não por causa do final, que, penso, tem a medida certa de esperança, sem perder de vista o necessário realismo, mas essencialmente porque, ainda que a história não seja longa nem complexa, estas personagens, com as suas forças e as suas falhas, têm uma forma muito particular de falar ao coração do leitor. E foi isso o que mais apreciei nesta leitura.
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