domingo, 30 de janeiro de 2011

O Alquimista (Michael Scott)

Sophie e Josh são gémeos. Sempre fizeram tudo juntos e o acaso até fez com que trabalhassem bem perto um do outro. Mas há uma ligação mais forte, que nem eles conhecem... e que vão descobrir quando um estranho visitante entra na livraria de Nick Fleming e coisas estranhas começam a suceder. Os gémeos descobrem, assim, que a magia existe e que o excêntrico livreiro é afinal Nicholas Flamel, o alquimista, que os vai conduzir através de uma aventura cheia de perigos e de acção. Porque agora que o Códex caiu nas mãos erradas, o mundo pode estar à beira da destruição.
O mais interessante a referir neste livro será, sem dúvida, o cruzamento de diferentes mitologias, lendas e até factos históricos. Mais até que os poderes de Nicholas e Perenelle Flamel enquanto Imortais, chama a atenção o aparecimento de deusas como Morrigan, Hekate e Bastet numa abordagem bastante diferente da das suas mitologias originais. E acabam por ser estes elementos, misturados com as histórias de vida dos principais oponentes humanos (Flamel e John Dee) a manter constante a curiosidade em ver o que irá o autor criar a seguir.
A acção é constante. Há uma necessidade de fuga presente ao longo de toda a história, o que faz com que elementos descritivos sejam escassos e pouco aprofundados. Assim, fica, principalmente na fase inicial, a sensação de que as coisas estão a acontecer demasiado depressa. Há, ainda assim, uma evolução positiva do ritmo com o decorrer da história e a relação entre contextualização e acção acaba por se tornar mais equilibrada numa fase mais avançada da leitura.
Um livro interessante, ainda que o início turbulento deixe a sensação de que mais haveria a dizer nalguns aspectos do enredo. Ainda assim, um início de série cativante o suficiente para deixar no ar a curiosidade em saber o que se seguirá.

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