terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Jogos na Noite (Sherrilyn Kenyon)

Por terem ajudado Talon e os Predadores da Noite, Vane e o seu irmão Fang foram condenados pelos seus. Agora, Fang está incapaz de se defender e Vane tem de velar pela preservação das vidas de ambos, ciente de que qualquer um dos seus inimigos o perseguirá até ao fim do mundo, se necessário. E é precisamente nessa altura, com o irmão em coma e quando demasiados inimigos e têm como alvo, que Vane volta a ver Bride... e que as Parcas a marcam como sua. Cabe-lhe, pois, protegê-la durante as três semanas que a marca persistirá, e convencê-la a aceitá-lo como companheiro. Isso... ou passar o resto de uma muito longa vida sem qualquer tipo de acesso ao prazer.
Mais uma vez, Sherrilyn Kenyon não desilude. Com a dose certa de sensualidade e um sentido de humor delicioso, a autora constrói uma nova história, intensa e com os seus momentos marcantes, num mundo que, livro após livro, se vai revelando mais complexo do que poderia parecer ao primeiro contacto. Neste livro, a autora afasta-se um pouco mais (ainda que a sua presença seja algo de inevitável) do mundo dos Predadores da Noite, para se centrar numa espécie... diferente. E os conflitos entre os lobos em geral (e entre os pais de Vane em particular) parecem dar a este mundo toda uma nova vida. Os poderes impressionantes de Vane, as capacidades de Bryani, os novos desenvolvimentos sobre o Santuário... e, claro, a ligação de todos estes a Acheron e seus subordinados revelam sempre um pouco mais de um mundo que se torna progressivamente mais vasto e fascinante.
Claro que uma boa parte da história se centra no casal protagonista e respectivo romance. Mas (e é precisamente disso que gosto tanto nos livros desta autora) não é só a componente romântica e sexual a ser explorada. As relações familiares de Vane, com o seu passado tenebroso e os elos que nem ele conhece, servem de base para toda uma abordagem a temas como a amizade, a confiança e a fidelidade. Ligações que transparecem também em presenças secundárias como os momentos com Acheron e até com o estranhamente sério Valério.
Uma leitura leve, agradável, descontraída, com uma forte componente de sensualidade, mas que não se limita ao aspecto romântico do enredo, acrescentando a dose certa de acção e de emoções não directamente ligadas às relações amorosas. Muito bom. Como sempre.

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