domingo, 2 de junho de 2013

100 Coisas Essenciais que Não Sabia que Não Sabia (John D. Barrow)

Complexa em muitos aspectos e muitas vezes odiada, a matemática tem no mundo uma presença do que, à primeira vista, seria de esperar. Neste livro, John D. Barrow reúne 100 exemplos de elementos em que a matemática é o elemento central e em que, num problema simples, ou numa situação complexa, a aplicação à vida prática é o elemento central.
Feito de apresentações muito sucintas, mas também muito interessantes, este livro cativa, em primeiro lugar, pela abordagem relativamente acessível aos temas que apresenta. Relativamente acessível, porque é inevitável, por vezes, a entrada no mundo das fórmulas e dos tecnicismos, tanto a nível de matemática como da física, e estes elementos podem, por vezes, tornar-se difíceis de seguir, principalmente para quem não tiver já algum conhecimento dessas áreas (ou para quem a matemática mais elaborada estiver já um pouco esquecida). Mas acessível, ainda assim, porque os exemplos práticos são claros e também pelo registo claro (fórmulas à parte) em que o autor expõe as ideias.
Um outro aspecto curioso deste livro é a forma como qualquer imagem ou cenário, desde um jogo a uma personagem de ficção, serve de ponto de partida para um pequeno capítulo. Da ilustre carreira do infame professor Moriarty à construção de arcos de pedra, tudo serve de ponto de partida para destacar a presença dos números. E é certo que o papel da matemática em cada um destes elementos será bastante mais complexo do que aqui é apresentado. Mas o objectivo não é aprofundar estes elementos, mas antes transmitir uma ideia e despertar curiosidade e, nesse aspecto, o livro cumpre claramente a sua missão.
Nem sempre é uma leitura fácil, devido, principalmente, aos tais conceitos (e fórmulas) mais elaborados que, ocasionalmente, vai surgindo. Mas não deixa de ser, ainda assim, um livro interessante, quer pelos conceitos individuais que introduz, quer por uma imagem global que é, no fim de contas, claríssima: que a matemática está, afinal, em toda a parte. É uma boa leitura, portanto.

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