Tenho de admitir, antes de mais, que esperava o pior deste livro. Primeiro, porque estou bastante longe do seu público alvo. Segundo, porque a ideia de regras estritas aplicáveis a seja o que for relacionado com sentimentos me parece algo irreal. E terceiro, porque, sendo o autor um padre, esperava, talvez, algo demasiado vocacionado para uma perspectiva religiosa.
O que encontrei, contudo, foi algo de bastante diferente e, por isso, uma surpresa agradável. E isto deve-se em grande parte ao facto de os conselhos apresentados pelo autor não surgirem como linhas definidas e inalteráveis, mas também pelo facto de muitas das ideias apresentadas e fundamentadas com exemplos reais (alguns deles retirados das vivências familiares do próprio autor) serem aplicáveis não só a questões de casamento, como a relações de amizade e até de simples convivência.
Quanto à questão da religiosidade, é algo que é referido de forma muito passageira, não sendo, de modo algum, influência nas histórias e sugestões que o autor apresenta ao longo do livro. E, se é certo que cada caso é um caso (e até as histórias deste livro o demonstram), há também uma boa série de sinais que podem, de facto, ser tidos em conta, tanto em relações amorosas como pessoais e profissionais.
Interessante e de leitura bastante simples, este livro acabou por se revelar, mais que um guia sobre casamentos e relações a evitar, uma visão interessante sobre os elementos que constituem as forças e fraquezas de cada relação. E é por isso que, apesar de não ser propriamente o género de leitura que acho mais apelativa, posso dizer que foi um livro que apreciei.
Sem comentários:
Enviar um comentário