Depois de uma longa viagem, é tempo de regressar. E as novas parecem ser de felicidade, já que Krondor floresce ante os preparativos para o casamento do príncipe Arutha. Mas a paz pode estar ameaçada. Um atentado contra a vida do príncipe é atempadamente impedido, mas os responsáveis não estão dispostos a parar. E quando a celebração do casamento se torna na morte iminente da princesa Anita, torna-se por demais evidente que o inimigo tem de ser descoberto. Tem de ser detido. E Arutha fará o que for necessário pela paz do reino e, principalmente, pela vida da sua amada.
O aspecto mais curioso deste livro é o tom quase descontraído da fase inicial, que evolui para um ambiente progressivamente mais sério e até sombrio à medida que as forças em conflito se revelam na sua dimensão. Mas este lado leve torna-se particularmente intrigante por estar associado a um protagonista que é, no seu estado normal, uma figura austera e quase soturna. Na verdade (e já o era nos dois volumes anteriores), Arutha é o meu incondicional favorito entre as personagens conhecidas deste vasto mundo, e é apresentado em toda a sua glória neste livro: na força dos seus valores, no seu lado mais pensativo e distante, na persistência inabalável perante o que tem de ser feito... e, acima de tudo, na dor e na necessidade de reagir perante essa dor.
Mas claro que nem só do príncipe vive esta história e é sempre um prazer reencontrar personagens que já se tornaram tão próximas e especiais. E também Jimmy se destaca neste livro, não só pelas mudanças operadas sobre a sua vida, mas pelo influxo de leveza que são, muitas vezes as suas intervenções. E ao reencontrar Jimmy, Martin, Lyam e, claro, Pug, encontramos também personalidades marcantes, aventuras e mistérios, tensões dolorosas, momentos de um humor delicioso e circunstâncias de grande emoção.
Contrariamente ao sucedido no final de O Mago - Mestre, aqui ficam muitíssimas perguntas sem resposta. Se as circunstâncias em redor do envenenamento de Anita encontram, de facto, o seu final, também é verdade que os verdadeiros poderes em marcha ao longo deste livro apenas começam a ser desvendados. E é, por isso, grande a curiosidade em saber que respostas se encontrarão para este enigma em A Darkness at Sethanon.
Uma última referência para o excelente trabalho de tradução de Cristina Correia. Num mundo onde os detalhes são muitos e, portanto, as descrições são de grande relevância, uma tradução bem feita é um factor crucial para preservar a envolvência do enredo.
De ritmo envolvente e com a medida certa de contraste entre leveza e solenidade, um livro feito de acontecimentos intensos e personagens marcantes. Cativante da primeira à última página.
Tambem a mim este livro me encheu as medidas, nunca pensei que fosse tão bom.
ResponderEliminarAdorei todo o universo criado, com as diferentes especies, o enredo e claro as personagens.
Gostei muito de Arutha e Jymmy, mas para mim Martin do Arco, não teve ainda todo o destaque que merece, quem sabe no futuro.
Algo que tambem gostei muito foi o personagem Bagu e claro o vilão do enredo, promete mesmo muito.
Grande livro
Fabuloso. Depois de ' O mago - o aprendiz', ' O mago - mestre' este tomo foi uma vez mais supreendente, com um ritmo e uma imaginação deliciosos que valorizo mais ainda quando reparo que o conteúdo desta saga ' Riftwar ' [A guerra da Fenda ( + ou -)] teve início em 1982...
ResponderEliminarEstou desejoso que editem o volume seguinte desta saga que encerrará nesse volume: 'The Darkness at Sethanon'.
Para quem quiser consultar: www.crydee.com tem até um Quizz engraçado, além de dar a conhecer muito mais sobre o trabalho do autor.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMuito bom mesmo!! Aguardo ansiosamente o volume final da saga 'The Darkness at Sethanon'!!!
ResponderEliminarExelente saga... Li tudo de seguida e fiquei completamente fascinado com todos os detalhes de mundos e personagens simplesmente exepcional... Alguém sabe quando o "The Darkness at Sethanon" está para sair???
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