Há histórias que salvam vidas. Usando o método de Xerazade, o narrador de A Porta do Sol tece um longo e contínuo fio de histórias com que pretende resgatar a vida de um homem. Esse homem, em coma profundo na cama do hospital, é o seu pai espiritual e um herói da resistência palestiniana.
No furor de o reanimar através da memória, é todo um povo e a sua epopeia que o narrador faz reviver diante dos olhos do leitor: os acontecimentos da guerra civil no Líbano, os episódios mais marcantes da sua vida e os dolorosos itinerários de um punhado de homens e mulheres apanhados pela história, após a sua expulsão da Galileia em 1948.
Inspirado na estrutura narrativa de As Mil e Uma Noites, A Porta do Sol é um romance amplo, pungente, e considerado de forma unânime o grande relato do êxodo palestiniano.
Elias Khoury nasceu em Beirute, em 1948. É romancista, dramaturgo, crítico e um dos mais influentes intelectuais do mundo árabe. Dirige actualmente o suplemento cultural do jornal diário Na-Nahar e é professor universitário, repartindo o seu tempo entre Nova Iorque, onde dá aulas na Universidade de Columbia, e a sua cidade de origem, onde dá aulas na Universidade Americana. Os seus dez romances estão traduzidos em diversas línguas.
A Porta do Sol, estreia literária de Khoury em Portugal, recebeu a mais alta distinção literária palestiniana – e o seu autor foi galardoado com o Prémio Unesco 2012 para a Cultura Árabe.
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