domingo, 22 de setembro de 2013

NYPD Red (James Patterson e Marshall Karp)

Dedicada à protecção de indivíduos de alto perfil, a NYPD Red é uma unidade relativamente pequena, mas com muitos recursos à disposição. Mas está também prestes a ter pela frente um grande desafio. Tudo começa quando, no início de uma semana dedicada ao cinema, um produtor famoso é envenenado. Pouco depois, outra morte acontece, relacionada também com o meio. Não tarda a que os dois acontecimentos sejam relacionados, e é possível que sejam apenas o início de algo maior. O detective Zach Jordan e a sua nova parceira e antiga paixão, terão de encontrar o responsável o mais rapidamente possível. Antes que o plano do assassino avance para cenas mais dramáticas.
Primeiro volume de uma nova série, NYPD Red tem todas as características que se esperam de um livro de James Patterson. Escrito em capítulos curtos, e centrado fundamentalmente na acção, introduz desde as primeiras páginas um ritmo intenso para os acontecimentos, o que contribui em muito para tornar a leitura viciante. A esta intensidade de acção, acrescenta também um toque de mistério e intriga, realçado pelo facto de desenvolver tanto os pontos de vista dos heróis como do vilão. Isto cria um contraste interessante, já que possibilita alguma compreensão da mente e dos planos do assassino, ao mesmo tempo que realça a impressão de corrida contra o tempo por parte de Zach e Kylie.
A nível de personagens, o desenvolvimento é feito de forma muito gradual. As ligações de Zach com Kylie, são insinuadas, e alguns elementos vão sendo desenvolvidos, mas apenas em pequenas porções e deixando ainda bastante em aberto. O mesmo acontece com as vidas privadas dos protagonistas, e até com certos traços de carácter que se fazem notar apenas já numa fase bastante avançada do enredo. Isto cria, na fase inicial, uma sensação de distância relativamente às personagens, distância essa que se vai atenuando com as tais revelações graduais.
No que diz respeito ao caso propriamente dito, destaca-se o desenvolvimento do ponto de vista do assassino, com as viragens no plano e a influência do elemento Lexi a criarem alguns momentos particularmente bons, numa história em que tudo é bastante interessante e, relativamente ao caso propriamente dito, há boas explicações para quase tudo.
Intenso e cativante, NYPD Red é, pois, e em suma, uma leitura viciante, com um bom enredo e personagens que, tendo ainda bastante por desvendar, revelam já, neste primeiro livro, carisma e potencial. Uma boa leitura, portanto.

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