quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Angola: A Lágrima dos Sonhos (Eugénio Trigo)

Imagens de um lugar distante, algumas pouco mais que pequenos fragmentos, mais que do cenário físico, das imagens que este evoca. Dos usos, dos pensamentos, da alegria e da liberdade, assim como da desolação, da dor, da perda e da morte. Imagens formadas com poucas palavras, mas com gentes e lugares por trás de cada verso são o que oferecem os poemas que constituem este livro.
Num estilo algo elaborado, para poemas que são, nalguns casos, tão breves, o autor evoca imagens por vezes improváveis, outras tão simples que parecem quase alcançáveis. Há todo um país como linha comum a todos os textos, mas a diversidade de abordagens e visões é vasta e cada poema é, por si só, uma nova imagem criada.
Alguns poemas houve mais cativantes que outros. Principalmente nos textos mais pequenos, fica a sensação de uma visão demasiado breve, como um olhar de relance. Ainda assim, há força nas palavras, mesmo nas que constroem imagens mais rebuscadas. E o que fica, no final desta leitura, é principalmente a ideia de um mundo tão distante, mas tão próximo e tão real... que bastaria talvez estender a mão para o alcançar.

1 comentário:

  1. ; privado, tão privado açúcar o teu coração como uma almofada para os relâmpagos, pequena, sempre a pequena de muitas com o fogo das rolas, a indometacina, mas rara de uma madrugada – tão, por tão larga num regato de óperas senão muito, muito tardiamente o devaneio das uvas pela manhã, a suave manhã da tua pele rasgada por um vento

    MEU
    Amor

    Foi o que escrevi, mais recentemente! Um abraço para si!

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