terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Balanço de 2014

E lá passou mais um ano. Foi rápido, não foi? Mas foi também um ano muito bom. De menos leituras que 2013 - um total de 237 este ano - mas de muito boas leituras, também 2014 trouxe algumas boas descobertas, uns quantos reencontros e uma ou outra surpresa. De todos os livros que me passaram pelas mãos este ano, não é fácil - nunca é - escolher os melhores. Mas a escolha deste ano é:


Muito bem escrito, com um vasto leque de personagens fortes, um cuidado desenvolvimento do contexto e o melhor dos equilíbrios entre todos os elementos que lhe dão forma, este é um livro que cativa desde as primeiras páginas e nunca deixa de surpreender, marcando tanto pelos momentos de tensão e emoção vividos pelas personagens como pelo contexto em que estas se movem. Sem dúvida alguma, a melhor leitura do ano.


Também um livro belíssimo, com os seus muito vincados contrastes. Da inocência da infância à crueldade justificada pelo preconceito, todo este livro é uma grande lição de humanidade. Uma lição envolvente, muitíssimo bem escrita e cheia de emoção.


Um final de trilogia que talvez não seja o mais desejado para as personagens, mas que é o mais adequado para uma aventura repleta de acção e de emoção, cativante e surpreendente, e com o espírito de sacrifício e a definição daquilo por que vale a pena lutar a surgirem como uma grande mensagem.


Sendo de uma autora que nunca falta nas minhas escolhas de favoritos, este livro é tudo o que seria de esperar. Envolvente, emotivo, com um mundo maravilhoso e um belíssimo equilíbrio entre todas as partes que o compõem. Um delicioso reencontro com personagens já conhecidas e a descoberta de novos caminhos num mundo repleto de potencial.


Supreendente no brilhante equilíbrio entre os aspectos técnicos e a tensão emocional da situação do protagonista, este é um livro que cativa desde cedo e que nunca perde a envolvência. Cativante, intenso e com um protagonista fortíssimo, também este é um livro que fica na memória.


Particularmente brilhante dentro do género, Julia Quinn consegue equilibrar humor e diversão com um lado emotivo muito cativante e um romance que, apesar dos momentos caricatos, nunca deixa de ser credível. São estes os elementos que tornam viciantes os livros da autora e este em particular tem uma história deliciosa.


Cheio de surpresas, com um enredo intenso e personagens muito fortes, este é o início de uma série que promete muito de bom. Com uma história em que, de um momento para o outro, tudo muda, este livro consegue também surpreender com a natureza das personagens que o povoam. Em particular Will Trent, cujo potencial apenas começou a ser desvendado.


Menos surpreendente que o anterior, mas, apesar disso, com muitas qualidades, este é um livro que marca, acima de tudo, pelas emoções que desperta e pela força do protagonista que lhe dá nome. Gabriel é um indivíduo fascinante e isso é razão mais que suficiente para tornar esta leitura memorável.


E mais Julia Quinn. As razões para que este livro esteja nesta lista são sensivelmente as mesmas que para o anterior. Mas importa acrescentar, no que diz respeito a esta história em especial, a forma como a autora desenvolve os fantasmas do passado dos protagonistas sem perder a leveza e o humor que tornam esta série tão cativante.


De ambiente sóbrio e misterioso, com uma história em que o tempo acaba por ser uma personagem por direito próprio, este é um livro que fica na memória por, apesar da distância sentida para com o protagonista, proporcionar uma leitura intrigante ao mesmo tempo que tece considerações sobre o valor do tempo - e do que fazemos dele. 

Planos para o que se segue? Nada de muito específico. Numa palavra, continuar. Continuar a perder-me entre as páginas de tantas e boas histórias que estão por aí à minha espera e continuar a vir aqui partilhar com quem me lê o que achei de todas essas histórias. É essencialmente isso.

E desejos para 2014? Também os de sempre. Por isso, para quem por aqui passa, ficam os votos de um 2015 sempre melhor do que os dias que já passaram. E com muitas e boas leituras, pois claro!

Até para o ano! ;)

A Vida Privada de Ilda Gomes e Outras Histórias (Pedro Freire Costa)

Histórias de vidas normais, traçadas entre o quotidiano e o peculiar. Momentos de percursos distintos, por vezes um pouco improváveis, mas contados com uma familiaridade que os torna próximos. Assim são os contos que compõem este livro, simples, na maioria, mas, de alguma forma, surpreendentes.
A Vida Privada de Ilda Gomes narra os últimos dias da vida de uma mulher reservada. Interessante e escrito de forma envolvente, leva à reflexão sobre as escolhas que fazemos (ou deixamos de fazer) na vida, mas perde um pouco pela forma muito breve como a história é narrada, ficando a impressão de abreviar demasiado a narrativa do que podia ser uma história maior.
Segue-se Amor de Cão, a história de um touro que, como um cão, segue o seu dono. Cativante, ainda que, mais uma vez, sucinto no desenvolvimento, compensa a distância que se sente para com as personagens humanas através da emoção nas acções do touro.
Uma Fina Camada de Pó de Giz fala da morte de um pai e de como as memórias ficam enquanto a vida continua. Um pouco disperso, o que acaba por reflectir de forma adequada a passagem do tempo, cativa pelo registo pessoal e pela forma como as pontuais referências a acontecimentos históricos se cruzam com a história pessoal do protagonista. Mais introspectivo que emotivo, consegue, ainda assim, comover nos momentos certos. E é isso, acima de tudo, que torna este conto memorável.
Marília, pelo Natal retrata alguns momentos de uma família pouco feliz, numa história que, apesar de cativante, parece ter demasiado de improvável em termos de comportamentos. Ainda assim, surpreende a vaga melancolia que consegue transmitir.
Segue-se A Proposta de Óscar, história de uma oferta desagradável, mas talvez irrecusável. Sucinto e sem grandes elaborações, também este é um conto que deixa uma impressão de pressa, mas que, apesar disso, cativa pelo tema e pela intensidade de alguns momentos, bem como pelo final surpreendente.
Noite Estrelada apresenta um homem vulnerável e a forma como as pessoas lidam com ele no lugar por onde deambula. Bastante triste e, talvez por isso mesmo, cativante, pode traçar um retrato muito pouco abonatório das pessoas, mas é precisamente isso que torna esta história tão comovente. De longe, o melhor conto do livro.
Por último, Honra de Jogadores conta a história de uma aposta improvável e das dificuldades em cumprir com o compromisso assumido. Muito peculiar, mas também bastante interessante, este conto surpreende principalmente pela situação improvável que apresenta, mas também pela dedicação das personagens ao plano. Caricato e divertido, conta, acima de tudo, uma boa história.
O que fica da leitura destes contos é, em suma, a impressão de um conjunto cativante, com várias ideias interessantes e algumas histórias especialmente memoráveis. De leitura agradável, com uma escrita envolvente e algumas surpresas muito boas, uma boa leitura.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Valquíria (Kate O'Hearn)

Ao contrário das outras Valquírias, Freya não se sente bem com o seu papel no mundo. Prestes a juntar-se às suas iguais na recolha dos mortos valorosos no campo de batalha, Freya questiona o valor de uma vida medida apenas pelos parâmetros da coragem guerreira. Ainda assim, é o destino que lhe cabe e Freya não tem alternativa a não ser assumir aquilo que é. Mas tudo muda quando o soldado que vai recolher lhe pede pela protecção da família. Nesse momento, Freya começa a ponderar se não haverá mais na vida dos humanos para além da guerra e do ódio. E, para encontrar respostas, sabe que terá de quebrar todas as regras e deixar Asgard para cumprir a promessa que fez ao seu soldado. Mesmo que as consequências sejam terríveis.
Um dos aspectos mais interessantes neste livro é a forma como a autora equilibra os elementos mitológicos com a realidade dos tempos actuais. Asgard corresponde em tudo ao que seria de esperar do território governado por Odin, com a magia e a beleza a contrastar com o constante combate dos guerreiros do Valhalla. O mesmo acontece no mundo dos humanos, com a normalidade a sobressair, apesar de um lado sombrio também bastante presente. O interessante em tudo isto é a forma como os dois cenários se completam, ligando-se com agradável fluidez, mesmo quando a assimilação dos elementos estranhos parece, talvez, demasiado fácil.
Também um ponto central no que torna esta leitura envolvente é a escrita agradável, bastante directa e sem descrições desnecessárias, mas com uma fluidez cativante. A autora não se demora em detalhes, e é certo que haveria mais a dizer sobre o mundo de Freya, mas toda a informação essencial é apresentada, ao ritmo de um enredo em que é a acção - complementada pela medida certa de emoção - o ponto central.
Quanto às personagens, é apenas expectável que Freya se destaque, sendo ela a figura central da história, mas surpreendem, acima de tudo, algumas figuras de papel mais discreto, mas que estão na base de alguns dos momentos mais marcantes. Maya, por um lado, com a sua capacidade de apoiar a irmã mesmo nas escolhas menos sensatas, mas principalmente Azrael, com o papel que tem a desempenhar na atribuição das derradeiras consequências para todo o percurso da protagonista.
De ritmo intenso e com uma boa história, este é, portanto, um livro cativante, com uma protagonista determinada e personagens fortes a dar forma a um enredo em que a percepção do que é certo é tão importante como as regras e as consequências de as quebrar. Uma boa leitura, em suma, e um bom início.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Um Capuccino Vermelho (Joel G. Gomes)

Escritor emergente e assassino profissional, Ricardo sempre teve o cuidado de garantir que as suas duas vidas se mantinham bem distintas. Mas, no momento em que a sua nova lista de alvos lhe chega as mãos, tudo indica que essa sua postura está prestes a ser abalada. As suas cinco vítimas têm óbvios pontos em comum, entre si e também com o próprio Ricardo. Claro que isso não é razão suficiente para o deter, até porque não é o dinheiro que move a dedicação de Ricardo à sua actividade. Mas, no momento em que a sua realidade se começa a confundir com a ficção de uma outra mente criativa, a situação assume contornos inesperados. Afinal de contas, a distância não é assim tanta entre a história de um escritor e a história que um outro tem para contar.
Com uma muito agradável aura de mistério e um percurso de revelações que vai surgindo de forma gradual, mas sempre envolvente, este livro tem como grande ponto forte a forma como molda as barreiras entre a realidade e a ficção. O percurso de Ricardo e a história do seu livro - e, por outro lado, o percurso e a história de João - começa por evocar um ambiente de policial, para depois dar lugar a algo de diferente. E, se é certo que a ideia de uma ficção que se torna real não é propriamente algo de novo, também o é que esta história tem uma voz suficientemente definida para se valer a si mesma. Há semelhanças facilmente reconhecíveis com outras histórias do género, mas há também um percurso individual que a diferencia.
Em termos de escrita, sobressai o registo bastante directo e centrado nos diálogos e a forma como contrasta com os ocasionais momentos de introspecção das personagens. Não há grandes descrições e há, inclusive, momentos que talvez pudessem ter sido mais desenvolvidos, mas o ritmo do enredo nunca deixa de ser cativante, o que, associado às muitas possibilidades que a história apresenta, mantém sempre viva a vontade de saber um pouco mais.
Fica, nalguns aspectos, a impressão de alguns pontos que poderiam ter sido um pouco mais elaborados, nomeadamente no que diz respeito às situações com a polícia (em que alguns dos intervenientes nunca se chegam a definir como personalidades individuais), mas, principalmente, relativamente aos crimes. A descrição bastante sucinta desses momentos acaba por funcionar bem no reforço da dúvida entre o que é real e o que é fruto da imaginação das personagens, mas parte do impacto emocional do momento acaba por se perder.
Considerando tudo isto, o que fica deste livro é uma boa história, com personagens cativantes e um enredo bastante interessante. Uma boa leitura, em suma.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Natal!


Tempos de festa, de sonho e de luz, estes são os dias de partilhar com a família, mas também com os amigos e com aqueles que nos rodeiam, a melhor parte do muito que temos para dar. Que sejam, por isso, dias de partilha e de afecto, de esperança e fraternidade, para que os tempos que virão depois possam ser - e nós com eles - sempre um pouco melhores.

Feliz Natal a todos os que aqui me visitam e que 2015 seja um ano para muitas promessas e todas as realizações.

Celebrar (Vasco d'Avillez)

O vinho certo para aquela data especial: é esta a premissa para este que, mais que um livro sobre os diferentes vinhos produzidos no país, pretende ser um livro diferente, ainda que seguindo o mesmo tema. Para isso, o autor escolhe as datas mais relevantes do ano, ou os acontecimentos mais importantes, e associa-lhes uma história e uma escolha de vinhos. Tudo isto numa edição organizada, bonita e com uma ideia bastante cativante.
Devo começar por reconhecer que estou muito longe de me enquadrar no público alvo deste livro. Não sendo apreciadora de vinhos (muito pelo contrário), as expectáveis referências a aromas, tonalidades, castas, enfim, todo um conjunto de termos específicos, dificilmente me chamariam a atenção. Por isso, o primeiro aspecto que, para mim, sobressai deste livro é a forma como apresenta algo de cativante mesmo para quem não é um interessado no tema. Quer pelas histórias e lendas que vão sendo referidas, quer pela perspectiva pessoal do autor, este acaba por ser bastante mais que um livro sobre vinhos. E, por isso, mesmo para aqueles a quem o vinho não interessa muito, acaba por haver sempre algo de interessante a retirar da leitura.
Também interessante é a ideia na base da organização do livro, já que as datas e os acontecimentos marcantes acabam por estar na base da escolha não só dos tais vinhos, mas também das referidas histórias. Além disso, há, para lá da escolha e da recomendação de vinhos, um breve, mas esclarecedor, desenvolvimento do contexto de produção e da sua evolução através dos tempos, que - mais uma vez, independentemente de apreciar ou não o produto final - resulta bastante interessante.
E, claro, importa destacar a edição, com um aspecto bonito e equilibrado, imagens que se adequam e complementam o texto e que tornam o livro, além de interessante, bonito enquanto objecto.
O que fica, por tudo isto, desta leitura, é a ideia de um livro que será, seguramente, melhor apreciado por aqueles mais ligados ao mundo do vinho, mas que, ainda assim, apresenta bastantes elementos cativantes para leigos ou desinteressados no tema. Uma leitura interessante, portanto.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Diário de Uma Obsessão (Claire Kendal)

Vigiada a todo o instante pela atenção indesejada de Rafe, um colega de trabalho, Clarissa sabe que tem de tomar uma atitude para acabar com a situação. Mas, apesar de todos os incidentes - presentes indesejados, mensagens perturbadoras, perseguição constante - Clarissa receia não ter ainda provas suficientes. É por isso que vê as sete semanas do julgamento em que terá de servir como jurada como um refúgio para si. Porém, a solução não é assim tão simples e, à medida que acompanha o caso de Carlotta Lockyer, Clarissa começa a ver as fragilidades na sua própria história, ao mesmo tempo que, sem saber o que fazer, vê os comportamentos de Rafe tornarem-se cada vez mais ameaçadores...
Perturbador seria um bom adjectivo para caracterizar este livro. E por duas razões. A primeira é a história propriamente dita, com o comportamento assustador de Rafe e a situação cada vez mais difícil de Clarissa a reflectir um cenário verdadeiramente terrível. A outra razão prende-se com as questões evocadas por essa mesma história. O enredo abre com a perseguição já a acontecer e com Clarissa tendo perfeito conhecimento da situação. Ainda assim, todas as acções parecem insuficientes e mesmo a reacção do sistema - reflectida tanto no caso de Clarissa, como no de Carlotta - leva a questionar a eficácia dos conselhos e das medidas possíveis. Assim, o que acontece é que não só a história propriamente dita perturba, como o mesmo acontece com as possibilidades e as questões que desperta.
Tendo isto em conta, é especialmente interessante notar que, apesar de todo este lado muito sombrio, a leitura nunca deixa de ser cativante. Também isto se deve a duas razões, sendo a primeira a empatia que facilmente se sente relativamente às circunstâncias de Clarissa, o que mantém viva a vontade de saber de que forma se resolverá a situação, e a outra os sucessivos pequenos mistérios que vão sendo acrescentados ao enredo. O estranho comportamento de Robert, o que aconteceu a Laura e que decisão será tomada no julgamento de Carlotta acrescentam à história de Clarissa uma maior complexidade.
Talvez devido a esta convergência de múltiplos elementos, fica a sensação de que algumas perguntas são deixadas sem resposta, principalmente no que diz respeito a Robert. Ainda assim, na linha principal do enredo, que é a história de Clarissa e do seu perseguidor, nada de essencial é deixado por dizer. E, se o final não é exactamente o mais desejado, não deixa, ainda assim, de ser satisfatório.
Intenso e perturbador, este é, pois, um livro sombrio, mas cativante, com uma história que levanta muitas e importantes questões e que, na forma como é contada, mas, principalmente, na realidade que reflecte, se entranha na memória do leitor. Uma boa leitura, portanto.

Novidades Planeta para Janeiro

David Safier que é conhecido pelos seus livros cheios de humor, e arrancou sorrisos de milhões de leitores com Maldito Karma, Jesus Ama-me e Uma Família Feliz, agora leva-nos ao limite da emoção com um grande romance, sobre o amor e a coragem, ambientada num dos episódios humanos mais esmagadores da História. 
A história passa-se em Varsóvia, 1943. Mira uma jovem de dezasseis anos, sobrevive graças ao contrabando de alimentos no gueto onde os nazis aprisionaram os judeus. 
O seu único objectivo é o de proteger a mãe e a irmã mais nova. Quando os habitantes do gueto começam a ser deportados para os campos de concentração, Mira junta-se à Resistência. 
Na maior aventura das suas vidas conseguem fazer frente às SS muito mais tempo do que haviam imaginado. 28 dias. 
28 dias nos quais Mira terá de decidir a quem pertence o seu coração. A Daniel, um rapaz que toma conta das crianças órfãs, ou a Amos, um membro da Resistência cujo objectivo é matar tantos nazis quanto possa.

A autora, uma especialista em anjos, mostra-nos como aproveitar cada momento para encontrar a paz e a felicidade, através destes seres que nos acompanham e guiam durante toda a vida. Em especial, ensina os pais e filhos a lidarem com situações difíceis do dia-a-dia. 
Maria Elvira Pombo ensina-nos ainda como comunicar com os anjos, sem precisarmos de possuir qualquer dom. Todos podemos dialogar com estes seres de luz. 
Este é um livro para transcender, para cultivar essa parte essencial de todos os seres humanos, que nos permite encontrar um propósito na vida, descobrir o nosso dom único e cumprir uma missão no mundo. 
Lê-lo é empreender uma aventura que nos ajudará a conhecer os anjos que nos acompanham desde que nascemos, pedir a sua protecção, perceber os seus sinais para aproveitar as oportunidades e criar bem-estar para nós e para os que nos rodeiam. 
Trata-se de «uma espiritualidade prática», que pais e filhos podem viver no dia-a-dia mediante exercícios, meditações e histórias para partilhar com os seres que amamos.

Uma história notável, real, de resiliência e perseverança, que mostra a força de um homem e da sua tripulação. 
O livro explica todas as vicissitudes por que passaram os tripulantes para sobreviver e como um líder nato, E. Shackleton, organizou, comandou, incentivou e finalmente resgatou todos os seus homens, sem uma única vítima mortal. 
Em Agosto de 1914, poucos dias antes do início da Primeira Guerra Mundial, o famoso explorador Ernest Shackleton, acompanhado por uma tripulação de 27 homens, partiu em direcção ao Atlântico Sul, em busca do último prémio ainda não reclamado da história da exploração polar: a primeira travessia a pé do continente antárctico. 
Abrindo caminho através do gelado mar de Weddel, distavam apenas 160 km do seu objectivo quando o navio, o Endurance, ficou preso no gelo. 
Em breve seria esmagado como se fosse madeira de fósforos, deixando a tripulação a flutuar na superfície das placas geladas. A sua terrível provação iria prolongar-se por 20 meses, tendo feito duas tentativas quase fatais de escapar por barco até serem finalmente resgatados. 
Recorrendo a fontes até agora indisponíveis, Caroline Alexander dá-nos um relato fascinante da expedição de Shackleton. E apresenta-nos o extraordinário e pioneiro trabalho de Frank Hurley, o fotógrafo australiano cujo registo visual desta aventura nunca fora publicado na íntegra. Em conjunto, texto e imagem recriam a beleza terrível da Antárctida, a destruição do navio e a heróica luta diária da tripulação pela sobrevivência, um milagre tornado possível pela liderança inspiradora de Shackleton. 
A preservação das notáveis imagens de Hurley foi outro milagre impressionante: as chapas de vidro dos negativos originais, a partir das quais é reproduzida a maioria das fotografias que ilustram este livro, foram guardadas em caixas metálicas hermeticamente seladas, resistindo não só aos vários meses passados sobre as placas de gelo, como às condições atmosféricas durante a travessia de uma semana num pequeno barco aberto em pleno mar polar e, finalmente, a muitos meses enterradas na neve que cobria os rochedos da ilha Elefante. 
Quando Hurley se viu forçado a abandonar o seu equipamento profissional captou algumas das imagens mais inesquecíveis da expedição com uma câmara de bolso e três rolos de filme Kodak. 
Originalmente publicado em colaboração com a exposição histórica que o Museu Americano de História Natural dedicou à expedição, O Endurance – A Lendária Expedição de Shackleton à Antárctida é um relato emocionante de uma das grandes aventuras da Idade Heróica da exploração – talvez a maior de todas.

Um livro verdadeiramente romântico e sensual composto por três histórias curtas independentes de aventura e paixão desenfreada nas brumas e montanhas das Terras Altas da Escócia. 
As heroínas destas três histórias são apaixonadas e irresistíveis para os seus homens.

Seduzir Ian
Raptada pelo perturbante highland Ian McCray e mantida como prisioneira, Lady Leanna Arlington sente-se aterrorizada, mas o seu captor ajudou-a a fugir de um casamento indesejado. Agora, está nas suas mãos convencer o viril escocês a ficar com ela... 

Seduzir Robbie
Julia Cameron está em fuga e procura um protector. O infame Robbie McCray está desesperado para substituir os navios confiscados pelo inimigo inglês. Tudo o que tem a fazer é elaborar um acordo mutuamente satisfatório e pecaminosamente mau...

Seduzir Adain
Quando se depara com uma bela mulher a ser atacada, Adain Cameron espanca e defende a dama. Com os bandidos ele lida com a pistola e espada, mas a linda Lady Gillian Lorin pode exigir um conjunto de armas diferentes...

Vencedor do passatempo de Natal

Terminado o nosso passatempo de Natal, desta vez com 122 participações, é altura de anunciar quem vai receber os dois livros da Editorial Presença em casa.

E o vencedor é...

110. Joana Pinto (Lisboa)

Parabéns, boas leituras... e Feliz Natal!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Colheita (Jim Crace)

Tudo começa com o fogo: o de três recém-chegados com pretensões a instalar-se na aldeia e o incêndio provocado na casa senhorial. Na mente de todos, os dois acontecimentos confundem-se. Em menos de nada, os forasteiros são indicados como os responsáveis e o castigo decretado é rápido e implacável. Mas o que ninguém pode saber é que o incêndio é apenas o ponto de partida para tudo o que, ao longo de sete dias, reduzirá a cinzas a vida tal como todos na aldeia a conheciam. Pelos olhos e pela voz de Walter Thirsk, habitante da aldeia há longos anos, mas, ainda assim, visto como não pertencendo ao lugar, o percurso da estranheza ao medo e à destruição ganha uma vida própria, na ominosa certeza de que nada ficará igual. 
Um dos aspectos mais interessantes deste livro é a forma como o autor constrói um cenário que, apesar das suas características concretas, consegue ser ambíguo o suficiente para se poder situar em qualquer ponto do tempo. A aldeia não tem nome, tal como os acontecimentos não têm data. E, por isso, os muitos elementos de mudança que vão surgindo ao longo da narrativa permitem associações a diferentes tempos e possibilidades. O ponto concreto da acção é deliberadamente ambíguo, ainda que os acontecimentos em si não o sejam. E isto confere à narrativa uma muito cativante aura de mistério, criando um poderoso contraste com a dominante desolação.
Porque é ela, de facto, que domina ao longo de todo o percurso. A história é, toda ela, aliás, uma penosa caminhada até à devastação. E, ao entregar a narração a uma personagem que é, ao mesmo tempo, presente e distante, o autor consegue reflectir bem o impacto dessa progressiva perda, ao mesmo tempo que define os limites que vivem na mente das personagens. Toda a narrativa é feita de contrastes e de mudanças. O progresso sem escrúpulos anunciado por Master Jordan opõe-se à vida comunitária longamente definida. O abrupto florescer do medo põe em causa a constância da suposta boa vizinhança. E a presença de uma justiça não muito justa leva a questionar a falibilidade humana, principalmente quando há interesses ou razões pessoais envolvidas.
E se há, na construção do enredo, motivos mais que suficientes para que fazer com que a leitura valha a pena, há ainda um ponto de ligação que torna tudo ainda mais marcante. Falo, é claro, da escrita do autor, fluída, belíssima, com uma atenção ao detalhe que faz com que o ritmo pausado da narrativa faça todo o sentido, por permitir contemplar todos os aspectos do cenário, e adaptada em tudo ao rumo progressivamente mais sombrio dos acontecimentos.
História e escrita conjugam-se, pois, num equilíbrio praticamente perfeito, para dar forma a uma história complexa e, em certos aspectos, perturbadora, mas que fica na memória tanto pelas questões que evoca como pelas emoções que desperta. A soma de tudo é um livro muito bom.

Para mais informações sobre o livro Colheita, clique aqui.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Make Your Own Rainbow (Leonard Ryzman)

Quando nos concentramos no lado negativo das coisas, quando nos preocupamos em vez de procurarmos uma solução, perdemos a perspectiva daquilo que podemos fazer com vista a alcançar o sucesso e, mais importante ainda, a felicidade. É esta a ideia geral por detrás deste livro, no qual o autor explica as suas ideias sobre a forma de gerir as emoções com vista a um maior controlo do caminho em direcção a uma vida melhor.
O mais interessante neste livro  é que, mais que uma simples exposição das ideias, os passos a seguir e a forma como os conceitos são aplicados surgem explicados através de exemplos. Ao contar as histórias de várias pessoas conhecidas, o autor apresenta uma aplicação mais prática dos conceitos que quer introduzir, transpondo-os para comportamentos e atitudes que abriram caminho ao sucesso.
Também interessante é que, ainda que o livro seja, em grande parte, formado por um conjunto de dicas e estratégias para lidar com o negativismo, estas ideias nunca partem do princípio de uma semelhança universal. Há pontos em comum, que permitem que o autor reconheça alguns efeitos previsíveis, mas também o reconhecimento de que cada pessoa é diferente, mesmo que os problemas possam ser mais semelhantes do que à primeira vista parecem.
Quase tudo neste livro é de fácil compreensão, com as ideias e os conselhos a serem expostos de uma maneira simples e fluida. O mais difícil prende-se com a própria mensagem, já que, ainda que as ideias façam sentido e tenham a sua utilidade, não é assim tão fácil imaginar uma constante atitude positiva. Este omnipresente optimismo pode fazer sentido no contexto da mensagem, mas parece também ser algo mais fácil de dizer que de fazer. Ainda assim, considerando o todo, as ideias continuam a ter o seu interesse e a merecer uma cuidada consideração.
De fácil compreensão, com alguns conselhos sólidos e muitos bons exemplos a considerar, este é, portanto, um livro que apresenta um interessante ponto de vista sobre a forma como as emoções afectam a vida de cada um. Uma leitura interessante, em suma.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Immortalis - Histórias de Sombra e de Redenção

Permitam-me um momento de auto-publicidade descarada. Hoje, para variar um bocadinho, o livro de que vos venho falar é... o meu. Mas, como, por mais que eu goste dele (e gosto muito), sou um pouco suspeita para falar sobre o assunto, deixo-vos simplesmente a sinopse. Espero que gostem.


Todas as almas carregam uma sombra. Do momento que mudou tudo, de um caminho que não foi o certo, da vida que ficou para trás. Mas também da alma da mais temível das criaturas ou do coração de quem não pode ser perdoado pode emergir o sentido de um novo caminho.

Assim acontece com as histórias deste livro, histórias de mundos diferentes, em que um cavaleiro desonrado, um morto com saudades da vida e o último ser de uma espécie destruída terão de enfrentar os rumos que os seus próprios passos lhes traçaram. E encontrar-se, talvez, diferentes do que julgavam ser.

À venda em http://www.letras-com-asas.pt ou na página de Facebook da editora.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Coraline e a Porta Secreta (Neil Gaiman)

A nova casa de Coraline é um lugar propício a explorações e, das catorze portas que tem, há uma que está sempre trancada, porque supostamente dá apenas para um muro de tijolos. Mas a curiosidade de Coraline cedo a leva a descobrir que não é bem assim. Na verdade, a porta é uma passagem para outra casa quase igual à sua, onde vivem outros pais quase iguais aos seus e onde tudo parece ser muito mais interessante. Mas o que começa por ser a descoberta de uma outra realidade acaba por se tornar num desafio perigoso. É que a outra mãe de Coraline quer muito que ela fique daquele lado. E fará tudo o que estiver ao seu alcance para o conseguir.
Um dos aspectos mais interessantes deste livro é a forma como tudo parece, ao mesmo tempo, estranho e natural. E isto de ambos os lados da porta secreta, já que são os vizinhos de Caroline as primeiras de várias figuras peculiares que vão surgindo ao longo do enredo. Mas o lado interessante de toda esta peculiaridade é que, por mais estranha que seja a situação, desde os olhos de botões da outra mãe a um público canino com uma certa apetência por chocolates, tudo na história parece estar exactamente onde pertence. Nada é forçado ou exagerado, assumindo antes o equilíbrio ideal entre a magia da descoberta e o perigo que lhe está inerente.
Este equilíbrio estende-se também à mensagem subjacente ao que move a protagonista. No fundo, a história de Coraline é tanto a da descoberta de um mundo para lá do normal como a da percepção da sua coragem e da importância de defender o que está certo. Há uma lição no caminho de Coraline, mas uma lição que surge - também - com naturalidade, representada mais nos actos que nas palavras e, por isso, perfeitamente enquadrada na fluidez do enredo.
E depois, claro, há todo o imaginário peculiar que caracteriza o que se passa no outro lado. Os paralelismos entre as duas casas, os elos comuns que sobressaem por entre as mais ou menos subtis diferenças, criam uma dualidade de cenários que se completam. No fim de tudo, algo muda, tanto na história como nas personagens, e um novo equilíbrio é estabelecido. O caminho, esse, nunca deixa de ser interessante, tanto na estranheza como na relativa normalidade.
Interessante e peculiar, esta é, pois, uma história relativamente simples, mas surpreendentemente rica. Com um cenário fascinante e um enredo cheio de surpresas, Coraline e a Porta Secreta dá uma nova perspectiva à ideia de explorar o mundo... que está já do outro lado da porta. Muito bom.

Para mais informações sobre o livro Coraline e a Porta Secreta, clique aqui.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Três Bichos te Esperam, Quatro te Comerão (Manuel Andrade)

Ante a proximidade da morte, um homem recorda a sua vida a partir de uma cama de hospital. Da paixão proibida ao casamento resignado, passando pelas memórias de amigos e conhecidos, de pequenos grandes momentos de felicidade pura ou da mais completa angústia. Entre memórias, teme e espera pela morte, ciente de ser pouco mais que um corpo à beira da extinção, mas recordando quanto mais não foi e o sentido de tudo o que viveu. A história, no fundo, é tanto a da sua vida como a de todas as vidas, do início até aos últimos momentos. E é esse, afinal, o verdadeiro impacto do seu percurso: no fim da vida, o homem que recorda poderia ser qualquer um.
Uma das primeiras coisas que importa dizer sobre este livro é que nunca será uma leitura fácil. E por duas razões. A primeira prende-se com as peculiaridades de um estilo de escrita que parece divagar entre os rumos da memória do protagonista. Não há uma linha temporal definida, mas antes uma oscilação entre o presente da personagem e as memórias que lhe acorrem ao pensamento. Mas, mais que isso, presente e passado confundem-se num labirinto de ideias, por vezes misturados numa mesma frase. O resultado é a necessidade de uma concentração constante, já que o desfiar das memórias se pode tornar, por vezes, um pouco confuso, mas também uma maior percepção da ideia de alguém que vê a vida passar-lhe diante dos olhos na iminência da morte.
A outra razão para que esta não seja propriamente uma leitura leve prende-se com o tema em si. É que, sendo um percurso de recordações na iminência do fim, a presença da morte acaba por ser o elemento dominante em toda a narrativa. Mesmo nas recordações dos bons momentos, mesmo nas breves percepções de felicidade, a consciência da mortalidade e a aproximação da morte são sombras que pairam sobre todo o percurso. E, assim, esta é tanto uma viagem pela vida do protagonista como uma vasta e pertinente sobre a inevitável percepção de que todos somos mortais.
Ainda um outro ponto particularmente relevante é o facto de, apesar das inevitáveis considerações gerais sobre a morte enquanto facto universal, a jornada do protagonista é, acima de tudo, pessoal. Não há, por isso, a tentação dos lugares comuns sobre o assunto, mas antes um caminho individual a partir do qual se tiram conclusões mais vastas. É fácil, por isso, reconhecer o protagonista como mais que o veículo para uma mensagem, como uma personagem completa e humana a caminho de uma passagem que a todos diz respeito. 
Eis, pois, uma viagem que é, acima de tudo, a história da vida de um homem lembrada a partir do fim. Uma história cativante, ainda que sombria, capaz de despertar reflexões profundas e com um impacto memorável na percepção de quem lê. Uma boa leitura, portanto.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Perdition (Ann Aguirre)

Perdition é um lugar de violência. E, sendo a prisão flutuante onde os piores criminosos são encarcerados para o resto da vida, é também um lugar de desespero. Sem guardas e com muito poucas regras, tornou-se um território em disputa entre diferentes líderes, numa guerra sem tréguas. Dresdemona Devos é uma das rainhas do lugar e o seu território é ligeiramente mais civilizado que os restantes, o que desperta nos outros líderes todo o interesse em desafiá-la. Mas, enquanto se constroem planos de defesa e ideias para possíveis alianças, a melhor arma de Dred – e talvez a mais perigosa – entra na sua vida. Jael, recentemente chegado à prisão, tem capacidades inigualáveis, mas também grandes demónios a combater. Além disso, acreditar na lealdade de alguém num lugar como Perdition é sempre uma escolha arriscada.
Apesar de estar relacionada com a série Sirantha Jax, esta nova aventura começa brilhantemente uma nova história. Ainda que Jael seja uma personagem da outra série, e apesar das ocasionais referências à sua ligação com Jax, não é necessário ler a série anterior para compreender esta. O cenário é fácil de assimilar, o mesmo acontecendo com as personagens e as relações estabelecidas. É certo que ler este livro desperta curiosidade para o que aconteceu antes, mas o facto é que a história vive perfeitamente por si própria.
Com todo o enredo a decorrer num cenário de confinamento e violência, um dos aspectos mais interessantes nesta história é a forma como conjuga o melhor e o pior da humanidade. Os condenados de Perdition são igualmente capazes de traição e assassínio ou de auto-sacrifício e de lealdade. Isto é uma boa parte do que torna este mundo fascinante. A corte de Dred é feita de criminosos, mas de criminosos que, de facto, acreditam na sua lenda. O delicado equilíbrio na construção das interacções entre a rainha e os seus súbditos dá forma a uma corte que encaixa perfeitamente no cenário de desolação em que se situa, mas que se revela mais complexa e mais humana do que, à primeira vista, seria de esperar.
Quanto aos protagonistas, tanto Dred como Jael têm algo de fascinante. Jael, com a história do seu passado e a natureza da sua criação, luta contra o demónio da diferença e conquista um lugar no coração do leitor ao descobrir o seu lugar no mais sombrio dos cenários. E, quanto a Dred, o equilíbrio entre a lenda e a sua verdadeira natureza revela um carisma e uma determinação especialmente admiráveis tendo em conta as suas circunstâncias.
Assim, com um cenário impressionante e um conjunto de personagens fortes, Perdition surge como um muito bom início para uma série repleta de potencial. Com acção constante, a medida certa de humor e um toque de emoção que torna as personagens mais humanas, vale a pena, definitivamente, ler este livro. Recomendo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Novidades 4 Estações

Fabrício Carpinejar foi caracterizado por Luis Fernando Verissimo como uma “usina de lirismo”. Chama a atenção pela prosa absolutamente desconcertante e confessional. Em Ajude -me a Chorar diz “que você não está sozinho, nunca esteve, jamais estará. As páginas do livro são braços abertos. Este livro é o meu abraço.” Carpinejar é poeta, cronista, jornalista e professor. Autor de vinte e seis obras na literatura, entre livros de poesia, crónicas, reportagens e infanto-juvenis.

ALEXANDRE BECK nasceu em Santa Catarina, Brasil em 1972. Com 13 anos recebeu o seu primeiro prémio como desenhista na Bienal Internacional de kanagwa, Japão. Ilustrador das tiras República desde 2000, época em que se iniciou com quadrinhos educativos, produziu mais de 50 revistas educativas na área ambiental com tiragens superiores a 5 milhões de exemplares.
Em 17 de maio de 2010 foi publicada a primeira tirinha Armandinho, um menino de cabelo azul e ainda sem nome, sendo este escolhido mais tarde pelos próprios leitores. É um menino rebelde e refilão que enfrenta o pai e a mãe, dos quais só aparecem as pernas.
As tirinhas Armandinho são hoje publicadas em vários jornais brasileiros. Os 4 livros já publicados no Brasil são um imenso sucesso, atraindo um publico juvenil e adulto, com longas fi las de fãs para autógrafos em livrarias do Brasil de Norte a Sul.Este ano O Castor de Papel apresenta o Armandinho Zero e o Armandinho Um, e em Fevereiro de 2015 o Armandinho Dois e o Armandinho Três.

Por que razão algumas pessoas progridem sem parar e outras trabalham no duro, mas mal conseguem pagar as contas?
Por que é que somente alguns conseguem alcançar grande sucesso? Será que poder realizar tudo o que se deseja é um privilégio apenas ao alcance de poucos?
O autor desta obra faz parte do grupo daqueles que souberam transformar os seus sonhos em realidade.
Acredite: há um milionário em si. Chegou a hora de despertá -lo!

Conforme os anos passam, parece que acreditar no conceito de felicidade é cada vez mais difícil. Afinal, o que vem a ser a felicidade em si? Ter muito dinheiro, um carro do ano, um bom casamento e filhos tranquilos? Vamos, então, à pergunta que não escolhe época, cor, nem classe social: o que nos proporciona uma felicidade sólida e duradoura?
Depois de décadas a ensinar pessoas do Brasil inteiro a promover revoluções nos seus comportamentos por meio do autoconhecimento, Heloísa Capelas escreveu a obra que lhe fará passar pelo caminho da descoberta sobre si mesmo, auxiliando-o a encarar os seus problemas em busca de respostas e a obter sucesso nas suas realizações. 
Um livro que aborda as nossas principais inteligências humanas, com conceitos e exercícios práticos para que você trace o seu próprio caminho e encontre tudo aquilo que fazia falta nele.
Aceite este convite e entre de cabeça na jornada que transformará a sua vida para sempre. Afinal, somos todos caminhantes da vida – e você merece ter controle sobre o seu destino.

Com temas, cenários e personagens totalmente distintos, estes dez contos muito criativos formam, no seu conjunto, um painel multifacetado de um mundo terrível e maravilhoso, generoso e cruel, onde se cruzam vidas singulares, insignificantes, criativas, inúteis, bondosas e maléficas.
Escritos num estilo informal, solto e com grande apelo visual, permitem ao leitor usufruir do texto quase como se assistisse a um filme ou ouvisse um relato oral.
Neste livro de contos encontrará dez com os mais variados temas, escritos num estilo fluido e com marcado suspense, como que o relato oral de um personagem imaginário.

Esta é a estória de uma relação de amor feliz que uma gravidez interrompida não consensual prejudicou.
O autor conta a estória dessa relação em ordem não sequencial, com o apoio das versões dos próprios protagonistas, Filipe, um homem em busca de um amor verdadeiro, e Érica, uma crisálida que se transformou numa esplendorosa borboleta, mas que no amor é sujeita a arrebatamentos imprevisíveis.
O amor e a raiva, a ternura e o ciúme, a intolerância e o egoísmo, como a incompreensão, são como notas musicais que servem a uma sinfonia bela, empolgante e desafiante como a vida.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

DiVersos - Poesia e Tradução - N.º 21

Reunindo poesia de diferentes origens e tempos, traduzida ou de autores de língua portuguesa, a DiVersos - Poesia e Tradução, série em que tive o prazer de participar alguns números atrás, proporciona, neste novo número, um conjunto de boas leituras e boas descobertas, numa edição cuidada, organizada e, acima de tudo, repleta de boa poesia.
Mais que falar de um autor em específico, até porque não seria fácil, já que em todos os poemas, nos seus diferentes temas e estilos de escrita, há algo de interessante para descobrir, sobressai deste número o equilíbrio entre o conjunto e a individualidade. De cada autor, mais ou menos conhecido, sobressai uma forma própria de escrever poesia, um conjunto de ideias diferentes e, por isso, também expressas de diferentes formas. Mas, apesar disso, o conjunto não se torna irregular. Há qualidade em todos, algo que marca em todos, uma boa surpresa (ou reencontro) em todos. E esse é, talvez, o que de mais cativante aqui se encontra: é que, do início ao fim, tudo é bom.
Quanto à organização, destaca-se, desde logo, a conjugação de obras de autores de língua portuguesa e estrangeiros, mas, principalmente, o cuidado de apresentar, quase sempre, o original dos poemas traduzidos. É que isto permite, pelo menos a quem conheça a língua de origem, apreciar tanto o original como a tradução, tornando, por isso, a apreciação do poema mais completa.
Assim, o que fica deste novo número é a descoberta de novos nomes (ou, mais uma vez, o reencontro com alguns já conhecidos), mas, acima de tudo, de bons poemas. E isso é razão mais que suficiente para fazer com que a leitura valha a pena. Recomendo.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Gata Branca (Holly Black)

Ao despertar no telhado do colégio depois de um episódio de sonambulismo, Cassel Sharpe percebe que a normalidade que tanto lutou para construir acaba por cair por terra. Apesar de pertencer a uma família de manipuladores de maldições, Cassel parece ser o único sem qualquer capacidade. Mas, apesar disso, guarda um segredo sombrio que o deixou numa posição vulnerável perante a sua família. Agora, a sua aventura nocturna acaba de lhe granjear uma expulsão do colégio e o regresso ao não muito harmonioso seio familiar. O que Cassel está longe de imaginar é que, por detrás das sempre presentes promessas de protecção da família, está um plano capaz de revelar tudo o que Cassel não sabe sobre si mesmo e o que lhe aconteceu.
Narrado na primeira pessoa pela voz de Cassel, este livro tem como um dos primeiros pontos fortes a sobressair (e são vários) a forma como, em poucos parágrafos, se desperta curiosidade e empatia para com o protagonista. E isto é interessante, em primeiro lugar, pela situação delicada em que Cassel se encontra, o que desperta a vontade de o saber que razões o puseram lá, e depois pela forma como a sua personalidade se desenvolve. É que a percepção que Cassel passa de si própria é tudo menos simples e directa. Ora parece quase inocente, ora se apresenta como um vigarista experimentado. E, entre um ponto e o outro, surgem, aos poucos, as muitas facetas de Cassel e do mundo em que se move.
O que me leva a outro ponto particularmente bem conseguido: o cenário. A ideia dos manipuladores de maldições, com a história que lhes está associada e um enquadramento muito bem construído na sociedade dita normal, surge como uma base riquíssima para uma história com muito potencial. E a autora desenvolve isto de forma muito equilibrada, já que, ainda que seja Cassel o centro da história, as particularidades do mundo que o rodeia nunca ficam por explicar.
Também no enredo sobressai o equilíbrio entre uma linha de acontecimentos em que o perigo e a surpresa são os elementos dominantes, com a percepção das coisas a mudar a cada nova descoberta, mas em que há espaço para um pouco de tudo, desde a descoberta da amizade à esperar de um amor longamente escondido, sem esquecer uma teia de relações familiares, no mínimo, atribuladas. Tudo conjugado com uma naturalidade cativante e descrito com uma fluidez que faz com que as páginas passem com - também, como tudo o resto neste livro, surpreendente - facilidade.
Com um protagonista carismático, mas, apesar de tudo, humano nas suas vulnerabilidades, no centro de uma história cheia de surpresas, este é, pois, o início de uma história que promete, para os próximos volumes, ainda muito para descobrir. Cativante, com um sistema interessante e um notável equilíbrio entre todos os elementos, um livro muito bom. Recomendo.

Para mais informações sobre o livro Gata Branca, clique aqui.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Amo, Amas, Amar (Miguel Almeida)

O amor, nas questões e sentimentos que desperta, nos momentos que provoca e nas memórias que deixa. O que é e como abala a vida, de que forma é experimentado por quem o sente e que formas toma no coração de cada um. De tudo isto e de mais, talvez, fala este conjunto de poemas, que, organizados, numa estrutura bem definida, como numa viagem pelas diferentes facetas do sentimento, têm, ainda assim, o elo comum e universal que é o tema no centro de todos eles.
Uma das dificuldades de escrever sobre um tema tão vastamente explorado (e com tão vasto potencial) como o amor é a facilidade com que é possível cair no lugar comum, nas ideias mil vezes repetidas. Ideias que são, muitas vezes, difíceis de evitar e que, por isso, estão também aqui presentes, em certa medida. Mas é essa medida acertada que faz com que a leitura se mantenha cativante. É que, associadas às ideias familiares, há imagens inesperadas, conceitos surpreendentes e uma forma de encarar o amor que, apesar de ancorada no sentimento comum, consegue, ainda assim apresentar uma perspectiva própria.
Talvez seja também, em parte, por isso que os poemas mais marcantes são os mais elaborados - o que não significa necessariamente os mais longos. É que, quando a grande maioria dos poemas se define por versos curtos e relativa simplicidade (de escrita, principalmente, já que, nas ideias, há umas quantas surpresas), a experiência de encontrar um poema num registo mais complexo, mais elaborado, acaba por acrescentar algo de surpreendente.
Ainda uma outra dificuldade num livro que é, todo ele, definido por um mesmo tema, é a ocasional repetição de ideias. Mas, neste caso, e ainda que, numa leitura seguida, possam sobressair mais os elementos comuns, também este percurso em torno de um mesmo elemento surge na medida certa, criando paralelismos sem se tornar demasiado monótono.
Dito isto, poder-se-ia definir este conjunto de poemas como uma viagem através do amor, enquanto sentimento pessoal ou universal. Sempre com a perspectiva própria do autor e um interessante contraste entre a simplicidade das palavras e a - por vezes, inesperada - complexidade do que contêm, uma boa leitura.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Enquanto Dormias (António Portela)

Viver com os problemas, ou apesar deles. É este o ponto de partida para este conjunto de poemas que, num registo pessoal em que dominam os afectos e, quase sempre, um inabalável optimismo, expressam, acima de tudo, a sensibilidade do autor. E é deste registo pessoal que surge, por um lado, o que mais marca e, por outro, aquilo que, em certos momentos, distancia.
Começando pelo lado positivo, há dois aspectos que sobressaem. O primeiro é que, num estilo de escrita que é, no essencial, bastante simples e mais centrado na mensagem que propriamente nas elaborações das palavras que lhe dão forma, há uma evidente sensibilidade que, realçada por alguns versos particularmente brilhantes, relembra afectos e emoções que, vistas do ponto de vista pessoal do autor, têm, ainda assim, algo de universal. O outro aspecto surge desse tal optimismo que resulta da superação de experiências más e prende-se precisamente com a capacidade de transmitir uma mensagem positiva, que, tão presente em quase todos os poemas, se torna difícil de ignorar.
Ora, isto tem uma contrapartida, que é o facto de surgir uma certa repetição de ideias, menos perceptível na apreciação individual dos poemas, mas clara na observação do livro como um todo. Além disso, há vários poemas que se relacionam com experiências muito concretas da vida do autor, o que, de certa forma, lhes retira essa universalidade que cria empatia. Felizmente, estes são traços particulares que, aplicados apenas a alguns poemas, ou resultantes apenas da dita repetição, não retiram ao conjunto a agradável emotividade que torna esta leitura cativante.
Assim sendo, a impressão que fica é a de uma poesia simples e muito pessoal, mas repleta de emoção e com uma boa mensagem. E, portanto, uma leitura agradável e interessante.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Amo-te Mais do que Ontem e Menos do que Amanhã

Dos vários valores que temos como universais, um dos que primeiro vem ao pensamento é o amor. E é precisamente o amor o mote para esta agenda literária, em que o texto é breve, mas muito adequado à finalidade, e as ilustrações fazem deste livro/agenda tanto um objecto útil como de simples beleza. 
Sendo, acima de tudo, uma agenda, um dos aspectos de que é preciso falar é da adequação a essa finalidade. Com espaço mais que suficiente para cada dia e os habituais espaços para notas e aniversários, bem como o calendário dos próximos anos, é uma agenda perfeitamente funcional. É também particularmente bonita, devido às imagens que abrem cada mês e ao aspecto cuidado da própria edição. E, ainda em termos de funcionalidade, também o tamanho é adequado, já que cabe perfeitamente numa pequena mala.
Quanto à faceta literária, o que importa destacar é, claro, a selecção de textos. Muitas das citações e poemas são facilmente reconhecidas, já que muitos dos autores são considerados clássicos. E, tendo isto em conta, é interessante notar a forma como todas as frases mantêm a actualidade e o impacto, reflectindo bem a tal universalidade do amor. 
Ora, o conjunto de tudo, texto e imagens, organização e cuidado de edição, fazem desta agenda literária um livro interessante para guardar ou para usar. E, em qualquer dos casos, para lembrar o amor... todos os dias. 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Machu Picchu (Tony Bellotto)

Chica e Zé Roberto fazem dezoito anos de casados e estão parados no trânsito, bem no centro de um dos maiores engarrafamentos de sempre, a pensar em como se desviaram daquilo que julgavam ser. Zé Roberto partilha uma relação virtual nada platónica com uma jovem que se esconde sob o código W19. Chica percorre motéis com Helinho, um colega de trabalho por quem sente uma sempre crescente paixão. Mas as suas relações secretas não são tão secretas como julgam e o fim do dia - daquele dia - pode bem corresponder aos presságios anunciados por um gordinho algures no meio do engarrafamento. Ou então, ser o princípio de algo de novo, mas não necessariamente tão diferente.
Apesar das suas pouco mais de cem páginas e da limitação temporal da linha narrativa (quase todo o enredo decorre num único dia) este é um livro que surpreende pela forma como, partindo da banalidade do quotidiano, constrói uma perspectiva ampla sobre a verdadeira complexidade dos hábitos e das relações das pessoas. Chica e Zé Roberto parecem estar no centro de uma crise de meia idade, com todas as ideias que esta estão associadas, desde os casos amorosos às mudanças de comportamento. Mas, apesar disso, o que o autor faz neste livro é pegar nestes elementos conhecidos e dar-lhes uma forma diferente. O resultado é uma história em que tudo é surpreendente, das personagens, ao enredo e à própria forma de escrita.
E, falando da escrita. Ao alternar entre os pontos de vista dos dois protagonistas e, ocasionalmente, do filho de ambos, o retrato da vida familiar é traçado de uma forma bem mais completa. Mas, mais que isto, há um tom diferente associado a cada uma das personagens, a partir do qual estas são facilmente reconhecíveis. Assim, a caracterização das personagens estende-se à própria forma como o autor escreve nas suas vozes, tornando-as, de certa forma, mais próximas.
Isto é particularmente interessante tendo em conta um outro ponto surpreendente neste livro. É que, apesar de uma certa amargura na forma como reflecte a vida familiar (rotinas, traições e revelações desagradáveis incluídas), há, ao longo de toda a narrativa, uma estranha espécie de humor, um pouco negro, talvez, mas muitíssimo cativante, que, ao dar à história um toque de improbabilidade, torna mais fácil a assimilação do seu retrato (não muito abonatório) da realidade.
Escusado será dizer que a impressão que fica de tudo isto é muito positiva. Com tudo o que tem de invulgar, mas também com o que tem de muito real, Machu Picchu apresenta uma história cativante e surpreendente, com personagens complexas, muitíssimo bem construídas e com vozes assustadoramente reais. A soma de tudo é, claro, um livro muito bom. Recomendo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Novidade Marcador

PORTUGAL. 1892. Na sequência do Ultimato inglês e da crise económica na Europa e em Portugal, os governos sucedem-se, os grupos republicanos e anarquistas crescem em número e importância e em Portugal já se vislumbra a decadência da nobreza e o fim da monarquia.
Os ingleses que ainda permanecem em Portugal não são amados. O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.
Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa narrativa recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família portuguesa.

NO SEIO DE UMA FAMÍLIA, HÁ CORAÇÕES QUE SE AGITAM ENTRE O CURSO DA HISTÓRIA E O IRRESISTÍVEL PERFUME DOS LIVROS.

Carla M. Soares nasceu em Moçâmedes em 1971. Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras de Lisboa e tornou-se professora. Tem um mestrado em Estudos Americanos. A tese de doutoramento em História da Arte, começada na Faculdade onde se formou, aguarda dias mais tranquilos para uma conclusão cuidada. Publicou em 2012 o romance de época Alma Rebelde, com a Porto Editora, e embarcou em 2014 na aventura digital, publicando o romance A Chama ao Vento, com a Coolbooks.

Novidades Individual

Freya receia fazer catorze anos – o fim oficial da sua infância e a altura de assumir todos os seus deveres como Valquíria (Deus Nórdica, segadora de almas dos campos de batalha da humanidade). Freya não quer seguir as pisadas das lendas que a precederam, pergunta-se como é que será fazer amizade com raparigas e rapazes, sem receio de lhes causar a morte com o seu toque letal. Mal sabia ela que os seus sonhos se iriam, muito em breve, tornar realidade: na sua primeira missão, recolhe uma alma com uma tarefa por terminar, que a envia ao mundo dos humanos numa busca desesperada e mortal... 
Aí, ela irá ter que enfrentar inimigos de todas as espécies, dando origem à nova lenda das Valquírias. Será que vai descobrir o que é ser verdadeiramente humano, ou o que é ser uma lenda?
Se és valente e corajosa, entra no mundo da Valquíria...

Kate O'Hearn nasceu no Canadá, mas cresceu bem no coração de Nova Iorque. Autora da conceituada série de livros Pégaso, um dos maiores bestsellers internacionais da literatura juvenil. Ganhou o prestigiado prémio 1066 Schools’ Book Award com o seu primeiro livro, “A Sombra do Dragão”.

Estamos perante uma trilogia que desencadeia um mundo de fantasia novo e deslumbrante, onde as melhores amigas, Sophie e Agatha estão prestes a embarcar na aventura de uma vida.
Na Escola do Bem e do Mal, meninos e meninas são treinados para serem extraordinários bons ou maus, mas um subverter dos papéis assumidos das nossas heroínas, quando Agatha é "erroneamente" enviada para a escola do bem, e Sophie para a escola do mal, tudo é posto em causa, e se o erro é na verdade a primeira pista para descobrir quem Sophie e Agatha realmente são? Fantástica trilogia na qual a única saída para fugir das lendas sobre contos de fadas e histórias encantadas é viver intensamente uma delas.

Os Direitos para filme foram adquiridos pela Universal Pictures, que delegou que a realização do filme a Joe Roth em parceria com Jane Starz Production, empresa responsável por Blockbusters de sucesso como Alice no País das Maravilhas, Branca de Neve e o Caçador, Feiticeiro de OZ, Maléfica entre outros. Neste momento o filme encontra-se em fase de desenvolvimento.

O “Livro do Silêncio” é o primeiro volume da trilogia “Deuses de dois mundos” de PJ Pereira, um sucesso no Brasil inspirado na mitologia dos orixás africanos. PJ Pereira, publicitário conhecido pelos mais de 100 prémios, incluindo quatro Gran Prix no festival de Cannes e um Emmy (óscar da TV americana), vive em São Francisco e arriscou lançar-se ao mundo dos livros - depois de 10 anos de pesquisa - e estreia-
se neste romance, que reúne humanos e deuses mitológicos num mesmo quotidiano, fundindo ficção e mito. Conta a história de Newton Fernandes, cuja ambição é chegar o mais longe possível na carreira como jornalista. Corrupção industrial é o passaporte para a sua ascensão, envolvendo sexo e experiências gastronómicas, descritas em detalhe em e-mails trocados com um desconhecido que se oferece para ajudar a esclarecer uma série de eventos místicos a que Newton recusa acreditar. A narrativa divide-se em dois mundos, o de Newton e o de Orunmilá, o maior adivinho de todos os tempos que tenta recuperar os poderes que lhe permitiam prever o futuro, envolvendo outras personagens como Xangô, Ogum e Oxóssi. A inovação presente na narrativa desta trilogia fez com que o "Livro do Silêncio" já tenha os direitos de adaptação para cinema, livros de banda desenhada e TV vendidos à produtora The Alchemists, conhecida pela série Smallville, Heroes e East Los High, e a produção do filme no Brasil e nos EUA realizada pela Disruption Entertainment, conhecida pelo filme Supremacia de Bourne. O “Livro do Silêncio” da trilogia “Deuses de dois mundos”, é um livro delicioso de se ler, capaz de nos falar bem alto, como gosta a boa mitologia.

Desenrolando-se num único dia, "Machu Picchu" é um romance que nos relata as agruras do casamento e da família. Mas engana-se quem esperar encontrar pessoas sentadas à volta da mesa, a discutir o trabalho ou a vizinhança. Presos nos seus carros, a caminho da comemoração dos seus dezoito anos de casados, Zé Roberto e Chica relembram, cada um com os seus próprios dramas - e com uma forte dose de humor -, a maioridade de uma relação conturbada e não propriamente honesta. A partir deste cenário, Tony Bellotto esmiúça a geração que viveu a euforia dos anos 90, e que agora chega à meia-idade, sem planos nem projetos. Uma visão ácida, cómica e assustadoramente real do nosso tempo.