Reunindo poesia de diferentes origens e tempos, traduzida ou de autores de língua portuguesa, a DiVersos - Poesia e Tradução, série em que tive o prazer de participar alguns números atrás, proporciona, neste novo número, um conjunto de boas leituras e boas descobertas, numa edição cuidada, organizada e, acima de tudo, repleta de boa poesia.
Mais que falar de um autor em específico, até porque não seria fácil, já que em todos os poemas, nos seus diferentes temas e estilos de escrita, há algo de interessante para descobrir, sobressai deste número o equilíbrio entre o conjunto e a individualidade. De cada autor, mais ou menos conhecido, sobressai uma forma própria de escrever poesia, um conjunto de ideias diferentes e, por isso, também expressas de diferentes formas. Mas, apesar disso, o conjunto não se torna irregular. Há qualidade em todos, algo que marca em todos, uma boa surpresa (ou reencontro) em todos. E esse é, talvez, o que de mais cativante aqui se encontra: é que, do início ao fim, tudo é bom.
Quanto à organização, destaca-se, desde logo, a conjugação de obras de autores de língua portuguesa e estrangeiros, mas, principalmente, o cuidado de apresentar, quase sempre, o original dos poemas traduzidos. É que isto permite, pelo menos a quem conheça a língua de origem, apreciar tanto o original como a tradução, tornando, por isso, a apreciação do poema mais completa.
Assim, o que fica deste novo número é a descoberta de novos nomes (ou, mais uma vez, o reencontro com alguns já conhecidos), mas, acima de tudo, de bons poemas. E isso é razão mais que suficiente para fazer com que a leitura valha a pena. Recomendo.
Parabens
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