A bordo do Leviatã, que ruma agora a Constantinopla em missão de paz, Alek e Deryn estão agora num impasse. A tripulação do Leviatã depende dos homens de Alek para manter a aeronave funcional, mas Alek sabe que, quando a guerra for oficializada, a sua posição tornar-se-á delicada. É, portanto, necessário agir. Mas Alek precisa de ajuda. Os imprevistos serão mais que muitos. Deryn ver-se-á dividida entre a lealdade ao seu país e o impulso que lhe diz que preste auxílio a Alek. E, se a missão de paz for comprometida, a situação em Constantinopla ficará bastante mais complicada para todos.
Tudo o que de interessante havia no primeiro volume desta série está também presente aqui. O cuidadoso desenvolvimento de um cenário com elementos em comum com o nosso mundo, mas também com vastas divergências, os paralelismos entre a História efectiva e a história de um mundo dividido entre clankers e darwinistas e até a forma como as posições das forças em conflito afectam a mentalidade dos protagonistas são, tal como já acontecera em Leviatã, abordadas de forma cuidada e sempre interessante. Além disso, ao colocar uma boa parte de acção num cenário diferente, o autor permite um maior desenvolvimento dessas diferenças, bem como o surgir de novos elementos que tornam a narrativa mais e mais cativante.
A este cenário cuidadosamente construído, junta-se, é claro, uma muito boa história, repleta de acção, mas também com a medida certa de emoção. Os dilemas pessoais de Alek, dividido entre o seu papel enquanto príncipe e a sua simples necessidade de ser ele próprio e de pertencer a algum lugar, criam uma empatia interessante, tal como acontece com Deryn, na sua sensibilidade feminina por oposição ao papel de Aspirante no Leviatã. Mas nem só das personagens principais vive a narrativa, e a interacção com figuras como o conde Volger e a intrépida Lilit demonstram também de que matéria se definem as personalidades de Alek e Deryn.
Com um mundo fascinante para descobrir, uma história de leitura viciante e personagens cada vez mais cativantes, Besta surge como uma interessantíssima continuidade para a história iniciada em Leviatã, ficando uma inevitável curiosidade em saber como se concluirá esta aventura. Cativante, surpreendente... e muito bom.
Agora fiquei curiosa... Eu sou sincera, não gostei da trilogia "Midnighters", os personagens eram irritantes e não senti qualquer ligação à história ainda que admita o seu potencial. Já a série "Uglies", o que li (2) gostei imenso. Mas ter sentimentos tão contraditórios em relação ao autor deixou-me mesmo na dúvida em relação a estas novas aquisições. Achas que vou gostar desta série?
ResponderEliminareste é mesmo um livro bestial. Literalmente.
ResponderEliminarElphaba: eu gostei bastante das três séries, mas também foi da Midnighters que gostei menos. E a minha preferida até agora é mesmo esta, por isso eu recomendo.
ResponderEliminarObrigado Carla. **
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