O Elmer é um elefante diferente, mas não é o único. O seu primo Wilbur vem de visita e, com os seus dons de ventríloquo e a sua vontade de pregar partidas, tudo se alinha para bons momentos de diversão. Mas onde está o Wilbur? O Elmer e os elefantes vão à procura dele. Mas, quando a voz vem de um lado e o Wilbur está escondido num lugar completamente diferente, não é assim tão fácil descobri-lo...
Na mesma senda do livro anterior e com as mesmas características essenciais, a verdade é que não há nada de muito novo a dizer sobre este livro que não tenha já sido dito sobre o anterior. Mantém-se a mesma inocência, a mesma simplicidade, a mesma abundância de cor e a mesma forma clara e divertida de realçar o valor da diferença e as possibilidades ilimitadas da aceitação incondicional.
E o que há de novo começa precisamente por aqui: Wilbur também é diferente e entra na vida dos outros elefantes exactamente com a mesma naturalidade. Mais uma vez, a diferença não é uma barreira para a alegria e para a cordialidade e isso basta para dar a esta breve história um tom bastante relevante.
Mas o mais marcante de tudo é, mais uma vez, o mais simples: é que, sendo embora uma história breve e sucinta e nitidamente pensada para crianças, tem um efeito bastante interessante em quem já deixou a infância para trás. Pois, quando tudo é tão natural, torna-se fácil voltar por um bocadinho a tempos mais inocentes e passar uns momentos divertidos a ver o Elmer e os outros elefantes à procura do Wilbur. Lembrar, enfim, o tempo em que o simples bastava - e que, às vezes, pode continuar a bastar.
É um livro para crianças, claro. Mas é também um livro capaz de despertar a nostalgia da infância e de lembrar que o encanto se faz também das pequenas coisas. E isso é mais do que suficiente para fazer com que valha a pena percorrer estas páginas simples, divertidas e muito coloridas. Gostei.
Autor: David McKee
Origem: Recebido para crítica
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