Não importa que seja ainda muito pequeno - além da sua já conhecida tendência para as birras, este bebé sabe muito bem o que quer e o que não quer. E o que não quer é... ver televisão. Não é uma questão de programas ou de horários sequer. O bebé não gosta da televisão e não se inibe de a desligar. Porque será? Ninguém parece conseguir encontrar uma explicação... até ao dia em que a explicação os encontra a eles.
Tal como aconteceu com O Bebé que... Fez Uma Birra, um dos primeiros aspectos a cativar para este pequeno livro é a cor, já que, sendo um livro infantil e uma história com um bebé como protagonista, faz todo o sentido que a imagem conte tanto como as palavras. E talvez seja por isso que a harmonia é tão óbvia, pois texto e ilustrações conjugam-se num todo bonito, cativante e eficaz. Afinal, não são assim tantas páginas e, no entanto, contêm uma história capaz de cativar os mais pequenos - e de despertar sensações de empatia nos... menos pequenos. As imagens coloridas prendem a atenção - e depois a história faz o resto.
E o que faz a história, afinal? Bem, primeiro intriga, naturalmente, pois a perplexidade do caso, associada às muitas tentativas de encontrar uma resposta, fazem desta pequena história um mistério em poucas páginas. E depois surpreende, enternece e arranca até um sorriso, pois as respostas são, ao mesmo tempo, as mais simples e as mais inesperadas. Tudo muito sucinto, muito directo - e, principalmente, muito eficaz.
É um livro infantil, naturalmente. Mas não deixa de ser curioso notar a proximidade e reconhecimento que uma história tão breve consegue despertar em leitores adultos. Aliás, aquela última página contém todo um outro significado escondido - e uma verdade deveras actual. E até a... relação do bebé com a televisão parece ter uma mensagem interessante sobre as coisas que realmente importam.
Muito simples, muito breve e, principalmente, muito divertido, eis, portanto, mais uma boa história protagonizada pelo bebé mais decidido do mundo. Uma boa história, em suma, para miúdos e menos miúdos.
Autores: Rui Zink e Manuel João Ramos
Origem: Recebido para crítica
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