domingo, 2 de dezembro de 2018

Almanaque de Natal

Vem aí o Natal. Luzes nas ruas, cânticos natalícios, árvores enfeitadas, presépios, doces... enfim. Um sem fim de pequenas coisas para nos lembrar o espírito festivo. E é de tradições, de histórias, de convívios e... mais uma vez, de doces... que é feita esta quadra. Por isso, o que este almanaque pretende é reunir todos estes aspectos da época numa viagem pelas particularidades do Natal: desde as origens aos hábitos, sem esquecer, claro, o inevitável Pai Natal.
Quer se seja um apaixonado por esta época de luzes, quer um daqueles que acham o Natal uma simples época de consumismo e hipocrisia (e, por isso, se irritam com tudo quanto é natalício), provavelmente há neste livro algo fácil de compreender. Quanto mais não seja a secção intitulada "Eu Odeio o Natal". Mas, gostando ou não, há muito sobre esta época que importa lembrar e descobrir, desde as tradições mais famosas às mais surpreendentes (e um tanto ou quanto aterradoras) criaturas. Este livro é, por isso, ideal para entrar no espírito natalício, mesmo para aqueles para quem esse espírito não é coisa muito abundante.
Mas não é só o teor do livro que é natalício. O próprio aspecto visual grita Natal em cada página, com as ilustrações a reforçar o ambiente festivo que caracteriza todo este Almanaque. É um livro bonito, o que faz dele também - naturalmente - um bom presente de Natal. E é, acima de tudo, um daqueles livros que nos fazem voltar a tempos inocentes: ou não teremos todos um dia ficado todos na esperança de que o Pai Natal descesse pela chaminé e nos trouxesse algo de bom?
Voltando ainda um bocadinho atrás. Há um pouco de tudo neste livro, desde as tradições dos diferentes países aos hábitos culinários, passando pela história, os cânticos, as decorações, várias sugestões (livrescas, naturalmente) de presentes de Natal e até algumas anedotas da época. E há também, no fim, um espaço para um Natal mais literário, com dois contos surpreendentemente angustiantes e comoventes e dois poemas de também surpreendentemente leveza, para nos lembrar que Natal pode ser luz e festa, mas, para alguns, está muito longe de ser perfeito. 
Bonito, cativante, capaz de arrancar sorrisos com a sua escrita leve e o seu retrato animado destes tempos de luz - e também lágrimas com algumas das páginas finais. Assim é este Almanaque de Natal: completo, envolvente e cheio da magia que caracteriza esta época do ano. Muito bom, em suma. 

Origem: Recebido para crítica

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