Gwyn Barry e Richard Tull são dois romancistas na casa dos quarenta e amigos desde a faculdade. Richard Tull tinha pela frente um futuro brilhante, mas a sua carreira estagnou e agora tem um emprego medíocre na imprensa e escreve recensões críticas para uma obscura revista literária. Gwyn Barry, por seu turno, sem o talento literário do amigo, fez um romance que alcançou grande sucesso, e lhe granjeou dinheiro e um prémio respeitado.
Tull avança com esforço de fracasso em fracasso, assistindo com inveja ao percurso fácil e radioso do amigo – e irá fazer tudo para lhe destruir a reputação.
Mas estas patéticas manipulações que, no início, significavam para Barry apenas inconveniência passarão, mais tarde, a constituir um perigo incontrolável.
Este romance sobre a inimizade literária e, cujos protagonistas, segundo o autor, são inspirados em si próprio, deu origem a excelentes críticas e a grande celeuma no meio editorial e do agenciamento literário – A Informação recebeu o adiantamento mais avultado da história até então, e a mudança de agente provocou a ruptura pública com Julian Barnes, amigo de longa data de Martin Amis.
Martin Amis é um dos autores britânicos mais importantes da actualidade. Nasceu no País de Gales e é filho do escritor Kingsley Amis.
A matéria-prima dos seus romances radica no absurdo da condição pós-moderna e nos excessos do capitalismo tardio das sociedades ocidentais; o seu inconfundível estilo é compulsivo e terrivelmente vívido.
Saul Bellow, Vladimir Nabokov e James Joyce são as suas grandes referências literárias. Por seu turno, influenciou uma nova geração de romancistas, como Will Self ou Zadie Smith.
Depois de A Viúva Grávida, Os Papéis de Rachel e O Segundo Avião, a Quetzal dá continuidade à publicação das obras de Martin Amis com um dos seus mais importantes romances.
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