O bebé está a fazer birra e os pais não sabem porquê. Terá fome? Sono? Alguma coisa o perturbou? Certo é que a choradeira não parece parar e os pais vão trocando ideias - e culpas - entre si. Até que... a resolução surge. Mas será que tem explicação?
Muito breve e muito colorido, o que mais cativa neste pequeno livro infantil é que é não só uma leitura interessante para os mais pequenos - e um bom ponto de partida para analisar as birras e os seus estranhos porquê - mas também uma história capaz de despertar sensações de empatia e familiaridade nos adultos que, por experiência mais ou menos próxima, já tiveram de lidar com uma ou várias birras. A urgência, seguida da procura de explicações e depois, quem sabe, até de um certo passa culpas, é algo de natural e de mais ou menos universal. E esta sensação de reconhecimento torna a descoberta particularmente interessante - mesmo para quem há muito deixou de ser criança.
Outro aspecto interessante - e crucial, aliás - é o elemento visual. Primeiro a cor, claro, que faz sobressair a situação e os próprios sentimentos inspirados pela birra. Mas também a imagem em si, que, acrescentando alguns elementos peculiares - também presentes no texto - à descrição do que pode ser uma birra acrescentam à leitura um agradável toque de poesia e uma imagem bastante criativa do que é, afinal, um momento complicado.
É uma história muito, muito simples, mas é também uma história muito, muito certeira e uma forma divertida e original de contemplar um dos factos da vida: as birras existem, vêm quando menos se esperam e passam... bem, sabe-se lá quando. Fica, por isso, a sugestão desta leitura divertida para os mais pequenos e não só.
Título: O Bebé que... Fez uma Birra
Autores: Rui Zink e Manuel João Ramos
Origem: Recebido para crítica
Obrigado pela delicadeza.
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