De volta a Los Angeles, Merry Gentry, aliás, princesa Meredith NicEssus da corte Unseelie, tem muitos problemas para resolver. Antes de mais, tem de conceber um filho antes que o seu primo Cel o faça, caso contrário o seu futuro está seriamente ameaçado. Além disso, o seu trabalho como detective continua e quando Maeve Reed, antiga deusa exilada da corte Seelie, entra em contacto com Merry, ambas ficam em perigo. É que Maeve sabe um grande segredo do rei do Ar e da Ilusão. E, agora, também Merry o sabe...
Continua a ser no sistema das duas cortes, com todas as suas ramificações, intrigas e alianças, que se encontra a grande força deste livro. As interacções de Merry com a sua tia, com os elementos da corte Seelie e com os seus próprios guerreiros obedecem a regras que, completamente desenvolvidas ou apenas insinuadas, dão a ver um mundo onde o mais pequeno deslize pode ser fatal. Um mundo onde há muitos pormenores interessantes a descobrir. Além disso, ainda que a sensualidade seja um elemento essencial neste livro, não é o único aspecto relevante e há bastante de acção, uns quantos mistérios a resolver e todo um cenário de intriga de corte que contribuem para que a história se mantenha cativante e equilibrada.
Mantém-se também a tendência para a descrição pormenorizada. E há, de factos, momentos em que este pormenor se justifica, ainda que, na fase mais inicial do livro, a descrição ao detalhes dos traços e até do vestuário de quase todos os intervenientes pareça, por vezes, um pouco excessiva, tornando o ritmo da narrativa um pouco mais lenta. Não é, ainda assim, tão exaustiva como no primeiro livro desta série, criando-se, passados os primeiros capítulos, uma envolvência que se mantém até à conclusão do enredo.
Cativante, com muito de sensualidade, mas sem se limitar a esse aspecto da narrativa, Carícias da Noite é, em suma, uma leitura envolvente, com um sistema cheio de pormenores interessantes e uma história que mantém viva a curiosidade em saber mais. Gostei.
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