Para Leo Vidal, aquele parece ser apenas mais um simples trabalho de investigação - ainda que invulgarmente bem pago. Mas as coisas são mais complexas do que parecem e a sua misteriosa empregadora não hesita em colocá-lo numa missão complicada. Da Suíça, ao Japão, depois até Espanha e culminando numa Ilha das Caraíbas, Leo persegue o mistério de uma fotografia que mostra Himmler com uma caixa misteriosa e do verdadeiro poder contido no interior dessa caixa.
Não é difícil adivinhar as linhas gerais deste livro. Centrado numa aventura em busca de um artefacto desconhecido, a história envolve facções com interesses divergentes, tentativas de assassinar o protagonista, um legado misterioso dos tempos da Alemanha nazi e uns quantos mistérios na vida pessoal de Leo. Fórmula relativamente comum em muitos outros livros deste género, mas que resulta, ainda assim, numa leitura cativante, de ritmo intenso e com alguns momentos bastante interessantes.
Mas há alguns problemas. Sendo uma narrativa onde a acção é quase constante, falta um pouco mais de desenvolvimento da história e personalidade individuais das personagens mais importantes, deixando, assim, a impressão de que muito acontece demasiado depressa e deixando alguns elementos por explicar. Além disso, o protagonista surge como uma figura algo desorientada no centro de um mistério que nunca compreende completamente. As explicações apresentadas parecem, por vezes, demasiado superficiais e até a revelação final acaba por ser feita de forma algo apressada.
Fica, por isso, deste livro a impressão de uma ideia interessante e que, tendo em conta o ritmo cativante do enredo, poderia ter sido muito mais se houvesse um maior desenvolvimento de alguns aspectos. Tem os seus momentos interessantes, é certo... mas falta qualquer coisa.
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