sexta-feira, 12 de outubro de 2012

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Mais do que um livro de viagem, A Máscara de África observa os efeitos da crença no curso civilizacional africano: os animismos indígenas, as religiões Cristã e Muçulmana, o culto dos líderes, e os mitos da História.
Com início no Uganda, no centro do continente, a viagem de Naipaul passa pelo Gana, pela Nigéria, Costa do Marfim e acaba onde acaba o continente – na África do Sul.
Centrado no tema da crença – nunca negligenciando as realidades políticas e económicas sempre que relevantes – Naipaul examina a condição frágil, mas duradoura, do velho mundo da magia. E para se testemunhar a ubiquidade do rito ancestral e dar uma ideia do poder de que este se reveste, é necessário recuar até à origem de tudo.

V. S. Naipaul nasceu nas Caraíbas (em Trinidad) em 1932, no seio de uma família de origem indiana. Em 1950 teve uma bolsa para estudar em Inglaterra. Após os primeiros quatro anos na Universidade de Oxford, começou a escrever, actividade a que, desde então, se dedica ininterruptamente: entre o romance e o ensaio, Naipaul publicou mais de uma vintena de livros. Em 1971 V. S. Naipaul foi galardoado com o Booker Prize e, em 2001, com o Prémio Nobel da Literatura.

A banalização das artes e da literatura, o triunfo do jornalismo sensacionalista e a frivolidade da política são sintomas de um mal maior que afecta a sociedade contemporânea:  a ideia temerária de converter em bem supremo a nossa natural propensão para nos divertirmos.
No passado, a cultura foi uma espécie de consciência que impedia o virar as costas à realidade. Agora, actua como mecanismo de distracção e entretenimento.
A figura do intelectual, que estruturou todo o século XX, desapareceu do debate público. Ainda que alguns assinem manifestos e participem em polémicas, o certo é que a sua repercussão na sociedade é mínima. 
Conscientes desta situação, muitos optaram pelo silêncio.
A Civilização do Espetáculo é uma duríssima radiografia do nosso tempo e da nossa cultura, pelo olhar inconformista de Mario Vargas Llosa.

Mario Vargas Llosa nasceu, em Março de 1936, em Arequipa, no Peru. Aos 17 anos decide estudar Letras e Direito e, no ano seguinte, casa com a sua tia Julia Urquidi – assegurando a subsistência com trabalhos muito diversos, como conferir e rever nomes de lápides, escrever para rádio ou catalogar livros. Em 1959 abandona o Peru e, graças a uma bolsa, ingressa na Universidade Complutense de Madrid, onde conclui um doutoramento que lhe permite cumprir o sonho de, um ano depois, se fixar em Paris, onde, sempre próximo da penúria, foi locutor de rádio, jornalista e professor de espanhol. Por esse tempo tinha apenas publicado um primeiro livro de contos. Regressa ao Peru em 1964, divorcia-se de Julia Urquidi e casa no ano seguinte com a sua prima Patricia Llosa, com quem parte para a Europa em 1967 (depois de ter publicado A Casa Verde, em 1966). Até 1974, vive na Grécia, em Paris, Londres e Barcelona – após o que regressa ao Peru. 
Em Lima pode, finalmente, dedicar-se em exclusivo à literatura e ao jornalismo, nunca abandonando a intervenção política que o levou a aceitar a candidatura à presidência da República em 1990. Vive entre Madrid, Lima e Nova Iorque, escrevendo romances, ensaios literários, peças jornalísticas e percorrendo o mundo como professor visitante em várias universidades.
Entre os muitos prémios que recebeu contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986) ou o Cervantes (1994). Em 2010 foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura.

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