Dez minutos e cama. É uma expressão que nos soa familiar, não é? Quanto mais não seja porque nos transporta de regresso à infância. Mas quem diria que os unicórnios também têm hora para dormir? Quando o pai da Faísca lhe diz "dez minutos e cama", ela não está cansada. Tem, aliás, muitas aventuras à sua espera. Mas tudo pode acontecer em dez minutos, não é verdade? Principalmente quando se é um unicórnio.
Há três características essenciais que fazem deste livro a imagem perfeita da história para adormecer: o ritmo, as ilustrações e a simplicidade. É uma história muito curta, em que as ilustrações quase dizem mais do que o texto simples e conciso, mas a que a rima confere um passo intrigante, quase como de trotar lado a lado com a Faísca e em que a cor das ilustrações e o ritmo das frases têm um embalo parecido ao de uma canção de embalar. É o livro ideal para ler aos mais novos, pois, e também uma bela leitura para recordar tempos mais simples. Afinal, todos nos encantámos por histórias destas quando éramos pequenos.
Outro aspecto a cativar é a magia implícita. Expectável, tratando-se de uma história de unicórnios, não é? Mas também particularmente interessante pela mensagem sempre positiva de acreditar que tudo é possível. E uma magia que se estende ao encanto do livro enquanto objecto. Afinal, é um livro bonito, cheio de cor, com ilustrações maravilhosas e uma história que, na sua inocência, transborda para a mente de quem a lê ou ouve.
Que mais haverá a dizer sobre este pequeno livro? Não muito, a não ser que, nas suas trinta e poucas páginas, contém tudo aquilo de que precisa - e nas medidas certas. A soma das partes é um livro bonito de se folhear e de se ler, com uma história simples, mas muito terna, e que nos transporta - a nós que já passámos esse tempo - de volta à nostalgia das histórias para adormecer. Muito bonito e muito bom.
Autores: Rihannon Fielding e Chris Chatterton
Origem: Recebido para crítica
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