Nikki acaba de entrar para uma nova escola e a sua maior preocupação está em ser popular. Por isso, quando, em vez do telemóvel topo de fama que esperava, a mãe lhe oferece um diário para que possa comunicar os seus sentimentos, ela não acha muita piada. Mas o ano lectivo ainda está apenas no início e as situações constrangedoras, improváveis e até mesmo surreais não vão faltar.
A primeira coisa que chama a atenção neste livro é o aspecto visual, a fazer lembrar, com as linhas, o tipo de letra e as ilustrações ao longo do texto, um verdadeiro diário. Na verdade, é provavelmente este aspecto o ponto mais positivo de todo o livro, que resulta visualmente bastante apelativo tendo em conta o público alvo.
A história de Nikki tem os seus momentos interessantes, principalmente no que toca às amizades (tanto as verdadeiras como as motivadas pelo interesse). Ainda assim, estes momentos mais cativantes, onde uma mensagem importante parece ganhar força, estão intercalados com uma grande centralização na importância de se ser popular e, consequentemente, numa talvez excessiva preocupação da parte da protagonista com objectos e circunstâncias algo fúteis. Também fazem parte da vida, é um facto, mas parecem-me um pouco excessivas e acabam por criar algumas situações um pouco improváveis na história de Nikki.
Destinado a um público evidentemente juvenil, este Diário de uma Totó é um livro que, apesar dos seus pontos positivos, acaba por perder um pouco para as preocupações menos relevantes. Interessante e bastante envolvente, teria talvez beneficiado de um pouco mais de profundidade em certos assuntos.
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