Marrocos, 1578: dez mil guitarras jazem ao abandono no campo de batalha de Alcácer-Quibir. D. Sebastião desapareceu. Morto ou vivo? Há quem espere por ele…
Ao contar-nos essa espera, Catherine Clément oferece-nos uma truculenta galeria de retratos de uma Europa em mutação: o peso dos Habsburgo, a violência das guerras religiosas, a loucura do Imperador da Áustria, a rebelião da jovem rainha Cristina da Suécia e a sua paixão por Descartes.
Composto como uma ópera, pleno de fantasia e de verdades pouco conhecidas, o romance dá voz a personagens memoráveis, como esse famoso rinoceronte - que atravessou a Índia a toda a largura e que, depois de ter navegado de Goa para Lisboa, se encontra enjaulado para deleite de soberanos: um jovem rei português, um velho rei de Espanha, um imperador alquimista, uma rainha bárbara.
Catherine Clément retoma em Dez Mil Guitarras a veia romanesca dos seus grandes sucessos: A Senhora, Por Amor da Índia ou A Viagem de Théo.
Filósofa e romancista, Catherine Clément nasceu em 1939, em Paris. Depois de ter publicado obras de filosofia, antropologia e psicanálise, converteu-se, com grande sucesso, à ficção. Entre os seus romances mais populares contam-se A Senhora, Por Amor da Índia, A Valsa Inacabada, A Rameira do Diabo, A Viagem de Théo e O Último Encontro. A sua obra está hoje traduzida para 24 línguas.
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