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Katherine Howe, a autora de O Livro de Feitiços de Deliverance Dane, é descendente de Elizabeth Howe, enforcada como bruxa em 1692, e de Elizabeth Proctor, que escapou da execução por estar grávida à época. Oriunda de uma poderosa linhagem de bruxas de Salem, Howe estreia-se na literatura com uma perspectiva nova e surpreendente sobre um dos períodos mais sombrios e fascinantes da História da América.
Escrito com convicção e graça, O Livro de Feitiços de Deliverance Dane, qual caldeirão mágico em ebulição, é uma mistura de factos históricos e ficção, tempos remotos e presente, mistério, intriga e revelações, tudo com um toque de sobrenatural.
Número 1 do New York Times, do Wall Street Journal e da Barnes & Noble, a obra de estreia de katherine Howe depressa conquistou a crítica e os leitores. Elogiada pelo magnífico trabalho de pesquisa, pelo rigor da recriação da vida quotidiana no século XVII, período da verdadeira caça às bruxas, e pela cuidada e sólida descrição do mundo universitário, Howe não deixa também de surpreender pela originalidade da sua escrita e pela mestria com que funde dois momentos distintos da História.
No livro, a autora serve-se de flashbacks para recuar até um dos momentos mas infames da história dos Estados Unidos, os julgamentos de Salem, e entrar na vida de três mulheres consideradas bruxas e condenadas por superstição e intransigência, uma delas Deliverance Dane, célebre por curar doentes, receitando remédios e poções.
Partindo de um exímio trabalho de pesquisa e documentação, Howe cruza dois períodos históricos muito distintos para narrar uma história que funde o mundo académico do século XX com uma sedutora intriga definida pelo «encontro» de si própria com algumas das mulheres que fizeram história em Salem.
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Mais do que uma história de amor, o relato de Sonia Sampayo é uma profunda reflexão sobre a diversidade, o respeito e a riqueza da pluralidade. Mais do que a história de uma jovem culta e moderna que decidiu contar a sua experiência enquanto mulher de um homem negro, polígamo, muçulmano e membro de uma sociedade completamente diferente da sua, esta é a história de dois sonhos: o de Marem, uma jovem bailarina senegalesa de 14 anos que quer viajar para a Europa e o de Sonia Sampayo, uma bailarina espanhola atraída pela magia de África.
Porém, nem África é como Sonia sonhava nem a Europa corresponde às quimeras de Marem. Quando Sonia, madrilena, chega ao Senegal para conhecer a família de Pap Ndiaye, o homem com quem acabou de casar, tem de lidar com uma situação com que poucas mulheres brancas e ocidentais podem imaginar: conhecer as outras duas mulheres do marido e os filhos. Sem referências próprias, sem nada nem ninguém a quem recorrer, Sonia sente-se perdida. O mesmo sucede a Marem ao descobrir que na Europa os meninos não brincam nas ruas e que, afinal, também há pobreza.
Escrito num registo de diário íntimo, Princesa de África é um livro sobre a cultura senegalesa, cujas tradições, usos e costumes a autora tão bem conhece, e um convite à reflexão sobre o respeito e a compreensão do que nos é estranho.
Único no conteúdo e autêntico no estilo, esta é a história de um amor difícil de compreender e que Sonia Sampayo explica com argumentos inteligentes, rotundos e sinceros já que, em verdade, o amor não conhece cores nem raças, tão-pouco fronteiras ou linguagens e Princesa de África é a prova disso mesmo. Viagem apaixonante ao coração do Senegal, a história de Sonia Sampayo é também um hino à vida, à música e à dança.
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