Enquanto nas ruas se decide o futuro de um país, na tipografia de Adamantino Teopisto vive-se um misto de enredo queirosiano, suspense de um policial e ternura de uma novela: com sabotagens, amores proibidos e cabeças a prémio; tudo num ambiente de revolução apaixonado. O rebuliço generalizado tem repercussões no alinhamento do jornal e no dia a dia das gentes de São Paulo e do Cais do Sodré. A revolução é o tópico das conversas nas tascas, nas ruas, no prédio da Gazela Atlântica, contribuindo para o exacerbar das tensões latentes entre o patrão Adamantino e os funcionários. A vivacidade de uma estagiária, as manigâncias de um ex-PIDE foragido, os comentários de um taberneiro e as intromissões de um proxeneta e de uma prostituta agravam ainda mais a desordem ameaçadora que paira no ar. Nada foi igual na vida dos portugueses após a Revolução dos Cravos. Nada foi igual na vida da “família” Gazela Atlântica após o 25 de Abril.
Paulo M. Morais, nascido em 1972, cresceu nos arredores de Lisboa entre jogatanas de futebol, livros de aventuras e matinés de filmes clássicos. Licenciado em Jornalismo, trabalha em imprensa e multimédia. Fez crítica de cinema; especializou-se em gastronomia e viagens. Em 2006, de mochila às costas, deu a volta ao mundo. Nos últimos anos, além de escrever ficção, tem-se dedicado a conhecer e a divulgar o arquipélago dos Açores. Tem uma filha e já plantou um pessegueiro em Trás-os-Montes. Revolução Paraíso é o seu primeiro romance publicado.
Sem comentários:
Enviar um comentário