É um livro curioso este Jogo de Espelhos. Ou, como o próprio autor afirma, este conjunto de dois livros reunidos num só. No primeiro, os aforismos que o constituem falam basicamente das regras e contra-regras da sedução. No segundo, vemos pequenas frases onde o autor fala de si próprio, de como se vê e do que observa do mundo.
Breve, de leitura rápida apesar do seu número de páginas, este é um daqueles livros que, para ser devidamente apreciado, não se deve ler de uma só vez. Ao lê-lo todo de seguida, há pensamentos que se tornam repetitivos, imagens que não se captam devidamente e reflexões que ficam por fazer. Ao ler apenas uns poucos aforismos por dia, contudo, é possível vislumbrar uma mensagem maior nalgumas frases. Noutras, encontrar a imagem que o autor quis plantar nas suas breves palavras. Noutras ainda, conhecer a verdadeira identidade do autor quando olha para si próprio.
Não o consideraria um livro para todos os leitores, apesar de qualquer leitor ter um pouco para aprender destas duas visões em paralelo. É, ainda assim, uma leitura agradável e dou o meu tempo por bem empregue. Para quem queira reflectir um pouco através de uma leitura breve, este pode ser um livro adequado.
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