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Neste segundo livro, apesar de pequeno, aumenta a complexidade do enredo. Novos elementos são introduzidos na história e as múltiplas referências mitológicas do mundo criado pelo autor tornam-se mais palpáveis. É fascinante ver a forma como Keaney transferiu para um mundo completamente diferente as diversas crenças e rituais de várias mitologias, criando com elas uma unidade.
Acessível e fluída, a escrita continua a transportar o leitor através da história como um fascinado visitante que, ao ver o desenrolar dos acontecimentos, não consegue deixar de seguir a acção até ao fim. E, mais uma vez, o final imprevisível deste livro deixa-nos ansiosos por saber o desenlace desta complexa história.
Por último, mas também muito importante, a forma como o autor trata os sentimentos e as relações entre os personagens. De forma precisa e clara, mas sem se perder demasiado nas emoções, Brian Keaney leva o leitor a partilhar o medo, a dúvida e a tristeza, mas também a felicidade face às pequenas vitórias, das personagens que nos apresenta. E é por isso que este livro, para mim, só teve um pequeno senão: chega-se ao fim tarde demais, quando se desejava continuar de imediato.
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