David Braun trabalha numa companhia de seguros. A sua vida, contudo, torna-se estranhamente agitada quando o escritório de um dos seus clientes é assaltado, desaparecendo somente um estranho artefacto oriental. Ao conhecer o senhor Dass, dono do referido objecto, David é arrastado para uma estranha rede de acontecimentos que, se inicialmente se parecem uma crença sem fundamentos lógicos, rapidamente se tornam numa surpresa.
Esta estreia literária de Robert Finn é um thriller envolvente, com um enredo curioso e com algumas surpresas. Apesar da comparação ao Código DaVinci, este livro segue um rumo bem diferente, quando, ao invés de uma teoria da conspiração, confronta os leitores com a improvável presença de diversos elementos mágicos. E se é visível que esta é a primeira obra do autor, principalmente devido a alguns momentos mais parados, que parecem quebrar um pouco o ritmo dos acontecimentos, este O Perito não deixa por isso de ser um livro bastante promissor.
Um outro aspecto interessante é a relação entre as personagens. Desde o velho professor Shaw, que funciona como uma espécie de mentor para Susan Milton, a principal aliada de David, até Karst, a misteriosa mulher que, num final arrebatador, surge para deixar apenas um pouco mais dos enigmas já espalhados ao longo do livro, existe toda uma variedade de pensamentos e emoções, desde o romantismo à dúvida e à suspeita da traição.
Uma boa leitura, leve, mas envolvente, com uma escrita bastante simples, mas capaz de surpreender o leitor. Para uma primeira obra, eu chamar-lhe-ia um início bastante promissor.
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