Carregado de hermetismo e de significados ocultos, este pequeno conjunto de poemas é, na sua totalidade, um livro para pensar. Para reflectir acerca dos deuses e dos homens, da fome e da miséria, da vida e da morte. Cada poema rasga sulcos na mente do leitor com a profundidade das suas palavras e as imagens que com essas palavras cria.
Ao longo das suas (poucas) páginas, Catarina Costa apresenta-nos a sua poesia cuidada e elaborada, mas, acima de tudo, mágica pela sua mensagem. Dividido em quatro partes, este Marcas de Urze tem o tom de uma elegia que se repete em ciclos, cada um deles único e irrepetível.
Não é uma leitura simples. A autora não hesita em recorrer a palavras mais complexas e referências que para alguns serão desconhecidos, mas todos esses elementos são partes essenciais da harmonia final deste Marcas de Urze. Para os apreciadores de um bom livro de poesia, bem elaborado na forma e no conteúdo, este é um livro a não perder.
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