Uma lente que incide sobre Moçambique e São Tomé. Para os viajantes desta narrativa, o continente africano começa por ser uma passagem obrigatória – a Guerra Colonial.As batalhas de que se não fala, os silêncios, as palavras proibidas – «que destino improvável te terá sido urdido, que força invisível te encaminhará para a teia que não queres tecer», interroga-se Tiago.
Tudo se passa como se nada se passasse. Um parto difícil para quem a realidade se bastava entre Campo de Ourique e o Campo Grande.
Regressar, desta vez à Ilha de São Tomé, feita República Democrática, onde o cheiro de África permanece igual ao do princípio do mundo.
Dois homens e três mulheres percorrem itinerários que – pensam eles – os vão conduzir à descoberta de si próprios. Alguns atingirão a sua meta, outros ficarão pelo caminho ou farão grandes desvios para fugir à dor, à morte, à prisão.
Respostas improváveis são as que a vida lhes dá nos caminhos cruzados do destino.
Maria João Carrilho é lisboeta, nasceu numa família em que os sangues e histórias de guerra se cruzaram e viu publicadas as primeiras letras em Lourenço Marques.
Foi bolseira da Fundação Gulbenkian e do American Language Institute. Serviu bebidas em Bona e burocracias em Lisboa. Depois da licenciatura na Faculdade de Letras de Lisboa, estudou Teatro no Conservatório. Com Mandrágora passou pela Europália. Leccionou em Portugal e em São Tomé.
Se não tivessem inventado a Internet, jamais os seus caderninhos teriam saído da gaveta.
Alimenta dois blogues, Lentes de Ler e Pataniscas. Integra a associação Mapa Cultural, com a qual viaja pela literatura e outros sonhos.
Publicou Bem Cedo na Noite (2011) e Novelas Suburbanas (2014).
Gosta de passear à beira-mar e de andar de eléctrico em Lisboa.
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