Um adolescente, fascinado pela leitura de Moby Dick, aproveita as férias de verão para embarcar num baleeiro e conhecer, nos confins austrais do continente americano, as terras onde o mundo termina. Muitos anos depois, já adulto, jornalista e membro activo dos movimentos ecologistas, o acaso fá-lo regressar a essas paragens distantes por uma razão distinta mas talvez igualmente romântica: a fauna marítima que habita as águas gélidas e impolutas desse mundo do fim do mundo está a ser destruída pela ação criminosa de navios piratas.
Partindo de um exercício ficcional de evocação da memória juvenil, impregnado de aventura e deslumbramento, Luis Sepúlveda traça um belíssimo roteiro do Chile Austral. Simultaneamente, põe a descoberto os obscuros interesses internacionais que sustentam a caça ilegal de espécies protegidas, aqueles que a praticam e aqueles que corajosamente a combatem, transformando a narrativa numa demanda pela salvação da vida do seu mar.
Luis Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, em 1949. Da sua vasta obra (toda ela traduzida em Portugal), destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas Mundo do Fim do Mundo, Patagónia Express, Encontros de Amor num País em Guerra, Diário de um Killer Sentimental ou A Sombra do que Fomos (Prémio Primavera de Romance em 2009), por exemplo, conquistaram também, em todo o mundo, a admiração de milhões de leitores.
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