terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A Cidade Perdida (James Rollins)

Uma explosão numa galeria do Museu Britânico, provocada por circunstâncias praticamente incompreensíveis, a suspeita de que algo muito grave se pode ocultar sob este mistério e uma busca incessante pelas respostas para o passado reúnem Safia al-Maaz, curadora do Museu Britânico, lady Kara Kensington, Omaha Dunn, e Painter Crowe, agente da misteriosa força SIGMA numa expedição a Oman, em busca da cidade perdida de Ubar. As respostas que vão encontrar, contudo, são bem diferentes daquelas que previam... ou desejavam.
Como vários livros no género, A Cidade Perdida caracteriza-se por um ritmo viciante, acção quase constante e uma interessante mistura de elementos históricos e científicos. Mas o que caracteriza este livro em particular?
Para começar, uma complexidade de enredo surpreendente. As suas personagens têm uma vida bem estabelecida e passados complexos, com histórias para contar e assuntos inacabados, o que, de certa forma, nos permite imaginar e acompanhar mais de perto as suas aventuras. Além disso, e sem prejudicar o enredo, James Rollins tem uma escrita bastante interessante e completa no que toca a descrições e contextualização dos seus cenários.
A ter também em conta as reviravoltas constantes, onde nada é o que parece e há sempre mais um segredo por contar. O que me leva a um aspecto curioso deste livro. Mais que a exploração dos elementos científicos, existem características que são levadas a limites improváveis, justificadas com argumentos científicos mas, ainda assim, de alguma forma entrelaçadas com alguns aspectos místicos. Afinal, a lendária cidade de Ubar dizia-se amaldiçoada e os seus segredos revelam-se como, no mínimo, surpreendentes.
Por último, de referir o final. Quando julgamos que tudo ficou esclarecido e que desvendámos até as mentes ocultas por detrás do problema, é nas últimas páginas que encontramos a derradeira surpresa. E muito fica por dizer acerca da SIGMA e do seu representante principal nesta história. Afinal, este livro é apenas uma das várias aventuras desta força de elite.
Resumindo: dentro do género, achei este livro bastante interessante. Apesar de algumas situações mais improváveis ou impossíveis, é um livro que cativa o leitor e que, além disso, consegue ligá-lo às emoções e história prévia das personagens. Talvez não seja particularmente inovador no seu género e os seus temas sejam comuns a outras obras (cidades amaldiçoadas, antimatéria, etc.), mas, para mim, foi uma boa leitura e creio que será agradável aos apreciadores deste género literário.

1 comentário:

  1. ola carla,

    parabéns pelo blog pena que no Brasil esse livro não foi nem será publicado por que no brasil a ediouro que publicou a força sigma engessou a mesma a uma trilogia publicando apenas o mapa dos ossos, a ordem negra e a ultima traição de judas.

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