quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Símbolo Perdido (Dan Brown)

Quando Robert Langdon recebe um telefonema em que o assistente do seu amigo Peter Solomon o convida para dar uma palestra em pleno Capitólio, o professor de simbologia está longe de imaginar que a sua resposta afirmativa será o início de uma longa e agitada noite. Acontece que Peter Solomon foi raptado e a única forma de o salvar é decifrar o segredo da pirâmide Maçónica, ao mesmo tempo que a CIA tenta impedir a revelação de um segredo que pode mudar o mundo.
Depois de uma longa espera, eis finalmente a tão aguardada nova aventura de Robert Langdon. E, se os livros anteriores já faziam prever um novo romance na mesma fórmula, existem contudo algumas alterações nesse método e, se algumas resultam de uma forma interessante, outras, contudo, afastam este livro da força compulsiva de, por exemplo, Anjos e Demónios. O ritmo e a escrita, directos e incansáveis, continuam a ser uma parte constante da obra de Dan Brown e, ainda que não de uma forma tão intensa, os capítulos continuam a passar sem nos darmos conta das horas. Ainda assim, o fascínio é menor que nos livros anteriores, em parte porque, neste caso, o autor parece gastar bastante tempo a explicar os fundamentos da Maçonaria, insistindo nas dúvidas de Langdon quanto ao possível e impossível, o que leva a uma certa quebra no ritmo da acção.
Trata-se, pois, de um livro menos envolvente, mas que continua a conseguir surpreender. Apesar de alguns aspectos previsíveis, a forma como a acção se desenrola e como novas personagens surgem no enredo, revelando novos caminhos, não deixa de ser interessante e a revelação de quem era, afinal, o culpado dos acontecimentos e porquê conseguiu surpreender-me.
Por último, os capítulos finais... Depois de uma resolução algo surpreendente para o problema principal, a resolução do enigma acabou por deixar a sensação de alguma coisa em falta. Após uma série de acontecimentos surpreendentes, situações de quase morte e um momento de grande tensão, a forma quase meditativa como o livro se completa é um pouco improvável tendo em conta as circunstâncias.
Balanço final. Foi uma leitura que apreciei e dou por bem empregue o meu tempo. Fiquei a saber um pouco mais de um tema que me era, em grande parte, desconhecido - a Maçonaria - e houve, num enredo interessante, alguns momentos realmente bons. Recomendo a quem se interessa por sociedades ocultas, resolução de enigmas e alguns aspectos mitológicos. Mas fica a ressalva: quem estiver à espera de um novo Anjos e Demónios poderá sair desiludido.

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