domingo, 17 de janeiro de 2010

A Guerra da Pólvora (Naomi Novik)

Mais uma aventura do capitão William Laurence e do seu dragão, Téméraire, em plena guerra napoleónica. Desta vez, o seu objectivo é ir a Istambul para recuperar três ovos comprados pelo seu país com o fim de auxiliar na guerra contra Bonaparte. As coisas, contudo, são bem mais complicadas do que parecem e o que parecia um simples desvio acabará por se revelar toda uma série de problemas.
Neste terceiro volume, Naomi Novik continua a cativar com a surpreendente forma como entrelaça os mais conhecidos elementos do fantástico - os dragões - num mundo riquíssimo em elementos históricos. A escrita, cuidada mas sem grandes excessos, envolve o leitor no seu mundo e as descrições tanto de locais como dos próprios dragões permitem uma ideia bastante clara daquilo que estamos a ler. O ritmo, contudo, abranda um pouco neste livro, que parece perder algum terreno para a complexidade de algumas situações. Isto é particularmente claro numa situação de batalha que parece ser demasiado extensa e que, por isso, se torna, nalguns momentos, ligeiramente cansativa.
Pontos altos deste livro, como dos anteriores, continuam a ser a caracterização dos dragões, não só algo diferentes - em termos de personalidade - daquilo a que estamos habituados, mas também causa de momentos genuinamente divertidos, bem como a forma como vários dos intervenientes na acção são caracterizados. Neste livro em concreto, Tharkay é um indivíduo fascinante e a firmeza de princípios de Laurence continua a ser um ponto muito forte em seu favor.
Em suma... Não posso dizer que tenha gostado tanto deste livro como dos anteriores, principalmente devido à tal perda de ritmo de alguns momentos. Ainda assim, para quem tem acompanhado esta saga, vale bem a pena ler este livro que, para além dos seus vários pontos positivos, nos apresenta uma série de informações que nos deixam muitíssimo curiosos para ver o que acontece a seguir.

1 comentário:

  1. Também tinha ficado com a impressão de que este livro era um pouco mais parado, mas pensei que se devesse ao facto de o ter lido em inglês numa altura em que andava cansada e o inglês parecia chinês. :P Concordo com tudo o que dizes. :)

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