Meena Harper não entende o fascínio global que parece ter-se instalado no que toca aos vampiros. Para ela, são tudo menos figuras atraentes. Mas os seus chefes não concordam e, por isso, Meena vai ter de começar a colocar essas tão odiadas figuras no argumento de Insaciável, série da qual é argumentista. O problema, contudo, é que não é só a nível de trabalho que os vampiros vão entrar na sua vida. E, como se não lhe bastassem as chatices da sua peculiar capacidade de prever a morte das pessoas, Lucien Antonescu, um príncipe em todos os sentidos, vai entrar na sua vida, arrastando-a para uma guerra que ela mal consegue começar a entender.
Intrigante, divertido e com um ritmo de acontecimentos simplesmente viciante, este é um livro estranhamente cativante na sua abordagem aos vampiros. Meg Cabot não apresenta nem o vampiro clássico completamente malévolo nem o novo vampiro excessivamente romântico e admirável. Em Insaciável, há um pouco de ambos, num ponto de equilíbrio que permite os vampiros quase completamente maus (como Dimitri), os vampiros... peculiares (como Mary -Lou) e aqueles que, não sendo totalmente malévolos, têm os seus elementos de crueldade, bem como as suas características de nobreza. Aqui, é Lucien o expoente máximo desta ambiguidade de natureza, sendo explorado tanto no seu lado mais humano (o dos seus sentimentos por Meena), na sua força de atracção e também na sua capacidade de gerar caos e destruição.
Mas, se Lucien é provavelmente o mais intrigante de todos os intervenientes nesta curiosa e divertida história, também há outros com muito de cativante. Alaric Wulf, caçador de vampiros, proporciona tanto momentos de tensão, como de emoção e até umas boas gargalhadas. E Jon Harper, com o seu timing tudo menos adequado e a sua tendência para fazer estragos, mesmo quando as intenções são as melhores, dá origem a toda uma série de situações complicadas e momentos peculiares.
Ainda de referir a forma como a autora caracteriza tanto os vampiros como os seus caçadores, cruzando referências com obras tão diferentes como o Drácula de Bram Stoker e os livros de Charlaine Harris, bem como elementos históricos como, por exemplo, a vida de Vlad Tepes. Também estes elementos conferem a Insaciável uma maior complexidade, mas sem lhe retirarem o lado descontraído (e, por vezes, emotivo) que é a grande força de todo o livro.
Cativante, descontraído, uma abordagem agradavelmente intrigante a um mito que, diga-se o que se disser, veio para ficar. Com protagonistas fortes, uma história envolvente e alguns momentos realmente surpreendentes, Insaciável revelou-se uma leitura muitíssimo agradável. Muito bom.
Gosto muito de ler Meg Cabot, por isso andava com vontade de ler este livro... Agora ainda fiquei mais ansiosa! ;)
ResponderEliminarBom dia. Ainda não li o livro, mas já o tenho em minha posse. Se tinha o desejo de o ler, fiquei ainda mais desejosa de abrir o livro e deixar-me enfeitiçar pelas página após a leitura da tua opinião.
ResponderEliminarBJS ;)
Eu me apaixonei pelo livro! Já estava cansada de ouvir falar tanto sobre vampiros, mas assim que vi que a Meg Cabot tinha escrito, resolvi ler mais um livro com esse tema, e não me arrependi!
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