terça-feira, 27 de julho de 2010

Em Território Pirata (Michael Crichton)

Charles Hunter, corsário inglês, decide, com o apoio do governador de Port Royal, embarcar na mais perigosa das suas aventuras. O alvo é Matanceros e diz-se que é inexpugnável, mas há um galeão do tesouro espanhol como promessa de riqueza e um inimigo de longa data que é necessário enfrentar. E o assalto à fortaleza acabará por revelar-se a mais fácil das aventuras vividas por Hunter e pela sua tripulação.
De um livro de Michael Crichton, nunca espero menos que uma boa leitura. E sem dúvida que este livro está à altura das expectativas. Com uma escrita envolvente, um enredo cheio de acção e um protagonista bastante interessante, Em Território Pirata é, da primeira à última página, uma leitura compulsiva.
Inimigos temíveis, tempestades imprevistas, situações de adversidade e até o mítico kraken. Todos os elementos da clássica história de piratas estão presentes neste livro. E, de aventura em aventura, à medida que o autor nos leva a acreditar que, entre tantos imprevistos, Hunter nunca poderá sair bem da sua situação, novos elementos e novas personagens são introduzidas, e todas as situações são permitidas, da atracção à traição.
Hunter é um protagonista intrigante. Ainda que, em várias das suas acções, pareça frio e quase insensível, existe na sua natureza algo de nobre que resulta num carácter extremamente cativante e nalgumas situações particularmente marcantes (principalmente na fase final). Mas não é ele o único elemento interessante entre as personagens deste livro. A estranha Lazue, o ambicioso Sanson e até a surpreendentemente capaz Lady Sarah, todos têm mistérios pessoais bastante intrigantes. E é neste ponto que se nota, ainda que este factor não prejudique a leitura, que este livro foi um trabalho recuperado dos ficheiros do autor. Existem algumas pontas soltas, principalmente no que toca a Sarah e aos seus rituais, que nunca chegam a ser desenvolvidos.
Intrigante e de leitura compulsiva, Em Território Pirata é, sem dúvida, um bom livro. E, mesmo com os elementos que poderiam ter sido mais explicados, há uma vastidão de situações e mistérios que fazem com que valha a pena a leitura. Gostei.

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