quarta-feira, 14 de julho de 2010

Highlander - Amante Imortal (Karen Marie Moning)

Adam é um antigo príncipe Fae, mas está preso na forma humana. Pior que isso, o castigo que a rainha lhe impôs devido à sua intercessão pelos humanos faz com que humano algum o possa ver, tal como ele não pode ver os da sua raça. Mas Gabrielle não é uma humana vulgar. Ela pode vê-lo - infelizmente - e ver-se-á arrastada para a vida daquele sedutor e perigoso imortal, que precisa da sua ajuda para recuperar a antiga existência.
Ler um livro nesta série é entrar num mundo onde a atracção e o erotismo desempenham um papel fundamental, aliados a acontecimentos invulgares, estranhas ligações entre mundos e um amor capaz de ultrapassar barreiras de vida e de natureza. Com uma escrita envolvente e agradável, Karen Marie Moning apresenta mais uma história cativante, cheia de humor e com situações intensamente emotivas.
Se esta série prima pelos momentos comoventes, momentos que, de uma forma ou de outra, acabam por estar sempre ligados a acontecimentos de amor amaldiçoado, também é um facto que a autora elabora consideravelmente os momentos de maior erotismo. E se o crescimento da paixão entre os protagonistas, aliado às situações divertidas e por vezes constrangedoras proporcionadas pelo choque entre dois mundos diferentes tornam a leitura agradavelmente viciante, o desenvolvimento detalhado (talvez demasiado detalhado) da sexualidade entre os personagens acaba por quebrar um pouco o ritmo da história.
Por outro lado, se há algo que me agrada muito nesta autora é a capacidade de construir passados marcantes para os seus protagonistas (principalmente para os masculinos). Não só a história de Adam é toda ela marcante, apresentando, em oposição ao preconceito inicial, uma figura não inteiramente malévola, mas capaz de crueldade, mas o encontro com personagens dos livros anteriores - Drustan e Dageus, e respectivas esposas - proporciona situações deveras divertidas.
Numa nota menos positiva, impõe-se referir que, contrariamente aos dois volumes anteriores da série, que se lêem de forma mais ou menos independente, neste livro são inúmeras as referências a acontecimentos passados. E se alguns deles pertencem aos livros O Beijo do Highlander e O Highlander Negro, outros há que remontam aos primeiros três volumes da série, sendo impossível evitar uma certa pena de que esses volumes não tenham sido publicados entre nós, já que as referências que aqui surgem despertam muita curiosidade.
Um livro agradável, portanto, leve, descontraído e muito divertido, mas que não deixa de criar situações de intensa emotividade. Para quem procura uma leitura simples, mas com muito sentimento e uma certa sensualidade - e claro, para quem gostou dos anteriores - então este pode muito bem ser o livro certo. Gostei.

2 comentários:

  1. Hummm fez-me lembrar a Sherrilyn Kenyon, em Amante de Sonho, mas talvez a personagem humana deste livro dê outra ênfase à história, estou enganada?

    Bom Post (como sempre!)

    ResponderEliminar
  2. Obrigada. :)

    Sim, tem as suas semelhanças com o estilo da Sherrilyn Kenyon, só que a mitologia é diferente e, comparando o que li das duas autoras, a da Kenyon é bastante mais desenvolvida e, de alguma forma, as cenas mais eróticas parecem encaixar melhor no contexto da história.

    ResponderEliminar