sábado, 16 de julho de 2011

O Céu Também Tem Degraus (Luís Ferreira)

Percorrendo os patamares do amor nas suas diversas possibilidades, é essencialmente de sentimento que são feitos os poemas que constituem este livro. Empatia e sensualidade, perda e nostalgia são apresentados em diversas formas de sentir, imagens que oscilam entre a simplicidade de poucas linhas e a construção de todo um cenário interior.
Sem limitações estruturais, cada poema tem o ritmo que as palavras impõem - sem rima, sem limitações métricas - para melhor expressar a sua mensagem. Não são, portanto, os pormenores técnicos que se destacam na poesia deste autor, mas sim a mensagem. Ou as mensagens, já que, ainda que o amor seja sempre o ponto central, cada patamar apresenta uma visão algo diferente das causas, ligações e consequências desse sentimento.
Há, portanto, diferentes rumos de pensamento e de sentimento nas várias fases que constituem o livro, sendo cada uma delas uma diferente forma de comunicar com o leitor. No que me diz respeito, a minha predilecção vai para os poemas onde a melancolia predomina, já que há uma maior empatia na voz nostálgica do sujeito poético. Ainda assim, a fluidez é comum aos diferentes temas e a leitura é agradável em todas as fases.
Expressão de sentimentos a um nível pessoal e feito de diversos sentimentos, este livro é, acima de tudo, uma visão essencialmente emocional do amor. Uma voz cativante a descobrir.

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