terça-feira, 23 de março de 2010

Encontre Deus na Cabana (Randal Rauser)

Depois do sucesso de A Cabana, de William P. Young, era apenas natural que surgisse um livro a analisar as suas repercussões teológicas. É esse o objectivo de Encontre Deus na Cabana, um pequeno livro que, numa linguagem bastante acessível, tenta analisar os aspectos essenciais, bem como os mais polémicos, do encontro com Deus de Mack, o protagonista de A Cabana.
Tentando ser o mais claro possível na forma como explora as principais questões - com um ênfase particular nas levantadas pelos críticos do romance - o autor recorre não só à Bíblia, mas a exemplos de possíveis posições perante o divino retiradas de alguns clássicos literários. E a abordagem metódica, mas não demasiado complexa, da temática deste livro poderá ser bastante esclarecedora para os que leram A Cabana e pretendam aprofundar um pouco mais a temática.
Parece-me, ainda assim, que este é um livro vocacionado fundamentalmente para um público crente, já que muitas vezes, a análise do autor parte da premissa de que o leitor acredita à partida na existência de Deus. Assim, não me parece que o leitor mais céptico retire grande conhecimento de uma leitura como esta.
Encontre Deus na Cabana será, pois, um livro interessante para os que, tendo lido o romance, tenham curiosidade em conhecer uma "resposta teológica" ao seu tema, aprofundando aspectos mais polémicos do assunto. Tenho de admitir que, para mim, este não é de todo o género preferido de leitura.

1 comentário:

  1. Permita que clarifique:

    Sou um velho ateu, ateu no sentido do deus de Abraão e Moisés, de Cristo e Paulo, de Maomet. Sou um velho introspetivo, contemplativo, interrogador do Mistério, religioso afinal.
    Têm surgido nos últimos anos discursos teológicos (muitas vezes oriundos das correntes protestantes)que, por coincidência com o meu pulsar íntimo, trouxeram tranquilidade à minha inquietação juvenil.
    Não conheço A CABANA, mas estou a ler ENCONTRE DEUS NA CABANA: «retirei conhecimentos» desta leitura! O meu ceticismo está no fim: sou agora mais ateu, mais esclarecido, mais naturalmente religioso! Randal Rauser contribuiu para isso.

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